A ministra da Saúde Nísia Trindade falou, nesta sexta-feira (10/2), que o projeto de enfrentamento à Covid-19 executado pela Fiocruz em favelas do Rio de Janeiro servirá de referência para uma política nacional. A ideia seria aplicar modelo semelhante em áreas de vulnerabilidade.
Nísia participou, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), de uma agenda que faz parte do Dia Estadual de Mobilização para o Enfrentamento à Covid-19. A ministra apresentou os resultados do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas, que recebeu doação de R$ 20 milhões da Alerj.
“Essa experiência do Rio é uma referência para nós e a ela se soma a atividades que foram feitas com populações de periferia em todo Brasil. Ações que acompanhei pela Fiocruz e de outros movimentos sociais. Vamos fazer uma sinergia de todas elas para uma ação nos territórios vulneráveis”, explicou a ministra.
O ministério pretende, assim, se aliar a movimentos sociais para “coordenar várias ações já existentes nos territórios de periferias e favelas”. De acordo com o coordenador executivo do projeto, Richarlls Martins, os resultados do plano de enfrentamento impressionam por ter qualificdo respostas emergenciais para enfrentar a pandemia em um curto espaço de tempo.
A ação da Fiocruz beneficiou diretamente 200 mil pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde. Foram moradores de favelas das cidades de Angra dos Reis, Duque de Caxias, Queimados, Niterói, Petrópolis, Rio de Janeiro, São Gonçalo e São João de Meriti.
Além da fundação, também participaram instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), além de sindicatos da área da saúde e da assistência social.
