“Não tem onde cair morto”, diz Flávio Bolsonaro ao criticar operação contra Jair Renan

Jair Renan foi um dos alvos da Operação Nexum, da PCDF, que investiga esquema de lavagem de dinheiro, estelionato e sonegação fiscal

atualizado 24/08/2023 18:57

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Senador Flávio Bolsonaro em entresta no Congresso Nacional

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também conhecido como filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou a operação da Polícia Civil do Distrito Federal que tem como um dos alvos o irmão mais novo dele, Jair Renan Bolsonaro. Segundo o parlamentar, a situação causa estranheza, já que o irmão “não tem a menor capacidade” e “não tem onde cair morto”.

A Operação Nexum, deflagrada na manhã desta quinta-feira (24/8), cumpre cinco mandados de busca e apreensão, além de dois mandados de prisão, e mira um grupo suspeito de crimes como estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

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Jair Renan Bolsonaro
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Filho de Bolsonaro é investigado pela PCDF
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“Perseguição desenfreada”

De acordo com o senador, não há motivos para suspeitas contra o irmão. “Pelo que eu conheço do Renan, ele não tem a menor capacidade de fazer isso, ele está trabalhando. Me causa estranheza, porque é uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro”, disse ele em entrevista ao portal Uol.

“Não faz sentido. Eu espero que os investigadores continuem procurando pelo em ovo, independente do sobrenome. Eu espero que esse mesmo critério seja aplicado para todos. Ao que parece, é mais uma vez uma perseguição desenfreada em cima de Bolsonaro e seu entorno”, completou Flávio.

Ele foi o filho que mais visitou o então presidente no Palácio do Planalto
Assim como outros membros do clã Bolsonaro, Flávio também é conhecido por falas polêmicas. Ele, inclusive, já foi acusado de homofobia por frases como: "duvido que algum pai tenha orgulho de ter um filho gay" e que "o normal é ser heterossexual"
Em 2018, a Polícia Federal investigava casos de corrupção dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) quando descobriu indícios de "rachadinha" dentro do gabinete de Flávio Bolsonaro. Relatórios apontaram movimentações suspeitas de parlamentares e servidores da Casa legislativa. Um deles era Fabrício Queiroz
À época, o MPRJ descobriu, por meio de quebra de sigilo, que Queiroz movimentou milhões em dinheiro com envolvimento de assessores ligados ao gabinete do filho mais velho do presidente. Com isso, Queiroz e Flávio passaram a ser suspeitos de organizar o esquema. A investigação, no entanto, foi arquivada
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Ele foi o filho que mais visitou o então presidente no Palácio do Planalto

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Assim como outros membros do clã Bolsonaro, Flávio também é conhecido por falas polêmicas. Ele, inclusive, já foi acusado de homofobia por frases como: "duvido que algum pai tenha orgulho de ter um filho gay" e que "o normal é ser heterossexual"

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Em 2018, a Polícia Federal investigava casos de corrupção dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) quando descobriu indícios de "rachadinha" dentro do gabinete de Flávio Bolsonaro. Relatórios apontaram movimentações suspeitas de parlamentares e servidores da Casa legislativa. Um deles era Fabrício Queiroz

Reprodução/ Redes sociais
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À época, o MPRJ descobriu, por meio de quebra de sigilo, que Queiroz movimentou milhões em dinheiro com envolvimento de assessores ligados ao gabinete do filho mais velho do presidente. Com isso, Queiroz e Flávio passaram a ser suspeitos de organizar o esquema. A investigação, no entanto, foi arquivada

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O vereador Carlos Bolsonaro é o filho 02 de Jair Bolsonaro

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Ele entrou 166 vezes no Palácio do Planalto para visitar o pai

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Ao longo dos anos, se envolveu em inúmeras brigas on-line. Em uma delas, após o general Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, afirmar que há milícias digitais nas redes sociais. Com os ataques, Santa Cruz chegou a publicar um print insinuando que as redes sociais do presidente são, na verdade, comandadas por Carlos

Alan Santos/Presidência da República
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Após a exoneração de Santa Cruz, Carlos Bolsonaro passou a atacar o vice-presidente Hamilton Mourão. No Twitter, chamou Mourão de “traidor”, "queridinho da imprensa" e insinuou que ele queria tomar o lugar do chefe do Executivo

Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro
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Carlos Bolsonaro demonstrou irritação com "oportunismo"

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Carlos Bolsonaro havia deixado o comando das redes sociais do pai em abril

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Eduardo Nantes Bolsonaro, nascido em 1984, é policial, advogado e político brasileiro. Natural do Rio de Janeiro, atualmente ocupa o cargo de deputado federal por São Paulo

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Eduardo Bolsonaro quer convocar ex-assessores de Janones para esclarecer rachadinha

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Em 2018, foi denunciado pela PGR ao STF por ameaçar a jornalista Patrícia Lelis. No ano seguinte, Eduardo e o presidente Jair Bolsonaro usaram as redes sociais para criticar uma matéria da revista Época e incentivar ataques a jornalistas

Paulo Sergio/Agência Câmara
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Eduardo Bolsonaro ainda está irritado com Luís Roberto Barroso, do STF

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Em abril do mesmo ano, zombou das torturas que a jornalista Miriam Leitão sofreu durante a ditadura militar. Além disso, foi acusado pelo PT, PDT, PSB e Psol de desrespeitar parlamentares mulheres

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Jair Renan, nascido em 1998, é filho de Bolsonaro com uma das ex-esposa dele, Ana Cristina Siqueira Valle. Também conhecido como 04, é o quarto dos cinco filhos

Matheus Portugal/Estúdio Jota
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Ele foi o filho que menos visitou Bolsonaro no Planalto

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À época da inauguração da empresa, um dos sócios de Renan afirmou que ganhou um carro elétrico da Neon Motors. Segundo investigações da PF, o automóvel teria sido doado para que "portas fossem abertas” para a companhia dona da Neon no governo

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A empresa de Jair Renan também apareceu nas apurações da CPI da Covid. Isso porque a firma foi fundada com a ajuda de Marconny Faria, apontado pela comissão como lobista da Precisa Medicamentos na compra da vacina Covaxin

Reprodução/Instagram
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A caçula do presidente é Laura, fruto do casamento de Jair com Michelle. Em geral, aparece pouco nas redes sociais

Reprodução

Crimes

Por meio de nota, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que os mandados são cumpridos “com o objetivo de reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal”. Jair Renan teve dois endereços vasculhados pelas equipes, em Brasília e também em Santa Catarina.

“A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, ‘testa de ferro’ ou ‘laranja’, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas ‘fantasmas’, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”, diz o texto da Polícia Civil.

As diligências de hoje visam apreender bens e documentos especificamente relacionados aos fatos apurados no âmbito da investigação policial, bem como colher outros elementos de convicção relacionados aos investigados.

O principal alvo da operação é Maciel Carvalho, de 41 anos, ex-instrutor de tiro de Jair Renan que foi preso em janeiro deste ano. Ele já havia sido alvo de outras duas operações da Polícia do DF – Succedere e Falso Coach. O homem é apontado pelos investigadores como o suposto mentor do esquema.

Operação Nexum

O nome da operação faz alusão ao antigo instituto contratual do direito romano, “nexum”, que representa a passagem do dinheiro e a transferência simbólica de direitos. A operação teve a participação de 35 policiais do Decor e da Divisão de Inteligência Policial da PCDF, bem como da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina.

Os investigados são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.

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