Não há estoque de vacinas infantis contra Covid, diz ministério

Nova chefe da Secretaria de Vigilância em Saúde tenta antecipar entrega de vacinas da Pfizer contra Covid, prevista para o fim de janeiro

atualizado 06/01/2023 14:18

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Vacinação infantil Rafaela Felicciano/Metrópoles

A nova secretária de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou, nesta sexta-feira (6/1), que o órgão não tem nenhuma dose de vacinas infantis contra a Covid-19 em estoque.

Ethel afirmou que a nova gestão, capitaneada por Nísia Trindade, ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), herdou contratos firmados pela gestão com a Pfizer, laboratório que produz vacinas infantis contra a Covid.

De acordo com a secretária, o último acordo firmado com a farmacêutica prevê entrega de doses para crianças de 6 meses a 11 anos no fim de janeiro. A nova gestão, no entanto, está em tratativas para antecipar as entregas e reabastecer os estoques de estados e municípios.

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
Apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
Segundo a Anvisa a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto
A vacina infantil vem em uma embalagem de cor laranja, diferente da versão para maiores de 12 anos, que é roxa. A seringa utilizada é a de 1ml, e o volume aplicado deve ser de 0,2ml
A identificação correta das doses para crianças de 5 a 11 anos é uma obrigação das autoridades públicas, que devem garantir ainda um treinamento eficiente para toda a equipe responsável
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Pais devem ficar atentos para evitar erros na aplicação do imunizante nos pequenos, já que eles têm uma dinâmica própria

Pixabay
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

Agência Brasil
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Segundo a Anvisa a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto

Agência Brasil
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A vacina infantil vem em uma embalagem de cor laranja, diferente da versão para maiores de 12 anos, que é roxa. A seringa utilizada é a de 1ml, e o volume aplicado deve ser de 0,2ml

Agência Brasil
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A identificação correta das doses para crianças de 5 a 11 anos é uma obrigação das autoridades públicas, que devem garantir ainda um treinamento eficiente para toda a equipe responsável

Agência Brasil
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De acordo com a Pfizer, a quantidade aplicada nas crianças foi cuidadosamente selecionada com base em dados de segurança e imunogenicidade

Agência Brasil
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Os estudos clínicos da farmacêutica indicaram menor possibilidade de reações adversas no uso de doses menores. As respostas imunológicas também se mostraram mais eficientes porque as crianças, normalmente, têm resposta imune mais robusta

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

Rafaela Felicciano/Metrópoles

As doses que chegam até o fim do mês somam 3,2 milhões para o público de 6 a 11 meses e 4,5 milhões para crianças de 5 a 11 anos.

“A gente herdou o contrato passado. Não temos doses agora. A previsão é de entrega no final de janeiro. A gente vai negociar para ver se consegue antecipar, dado ao cenário que temos aqui hoje. A gente está renegociando esse contrato. Não temos dose em estoque para crianças”, afirmou a secretária.

As doses fazem parte da compra de 50 milhões de vacinas realizada no início do ano. Veja o calendário previsto pelo Ministério da Saúde.

  • Para crianças de 6 meses a 4 anos:
    Entrega de 16 milhões de doses até março de 2023; e de 6,68 milhões até junho de 2023.
  • Para crianças de 5 a 11 anos de idade:
    Entrega de 11 milhões até março de 2023; e de 6,67 milhões até junho de 2023.
  • Para o público a partir dos 12 anos de idade:
    Entrega de 9,7 milhões de doses da vacina bivalente BA.4/BA.5 até junho de 2023.

Falta de doses

Nas últimas semanas diversas prefeituras do país suspenderam a vacinação infantil contra a Covid-19 por falta de doses. De acordo com a secretária, a prioridade da pasta será acelerar a entrega de vacinas e retomar contratos que estavam parados, como o acordo com o Instituto Butantan para a produção da vacina Coronavac.

Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina pode ser aplicada em crianças a partir dos 3 anos de idade.

“É uma pauta de interesse nacional a nossa aceleração dos acordos. Temos o contrato do Butantan paralisado, estamos negociando porque a Coronavac é fundamental para que a gente possa acelerar o abestecimento de estados e municípios, principalmente no público de 3 anos em diante.

Ethel também afirmou que não há desabastecimento de vacinas para o público maior de 12 anos de idade. Algumas prefeituras, como a do Rio de Janeiro, relataram falta de doses para adultos. De acordo com a secretária, o problema é de distribuição e já foi solucionado.

“Não temos problemas de desabastecimento, temos estoques excessivos. Os municípios pedem aos estados, e os estados pedem ao governo federal. Estamos conversando com o Conass e o Conasaems para restabelecer esses fluxos. Eles foram bastante interrompidos, mas vai ser imediatamente restabelecido”, afirmou.

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