Mulher arremessada de brinquedo tem “zero chances” de recuperação

Dávine Muniz, de 34 anos, foi arremessada de um brinquedo de parque em Olinda. "Corre risco de óbito a qualquer momento", conta primo

atualizado 12/01/2024 9:32

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Reprodução

Após três meses desde o acidente no Parque de Diversões Mirabilandia, em Olinda, onde a professora de inglês Dávine Muniz, de 34 anos, foi arremessada de um brinquedo que girava no ar, o estado dela segue gravíssimo, segundo informações passadas ao g1 por um familiar. Ela foi transferida de hospital pela segunda vez na quinta-feira (11/1).

A transferência de hospital foi realizada depois que a família fechou um acordo judicial com o parque. “A perspectiva de que ela volte ao normal é zero. A gente está lutando para que ela consiga passar um certo tempo em ‘home care’. A gente está fazendo uma reforma na casa dela para que, quando a casa estiver pronta, a gente complete a desospitalização. Mas a chance de ela ficar boa é zero. E corre risco de óbito a qualquer momento”, afirmou Ricardo Lima, primo de Dávine, ao g1.

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O Procon interditou o parque e exigiu documentos sobre a manutenção dos brinquedos.
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Arquivo pessoal/Divulgação
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O Procon interditou o parque e exigiu documentos sobre a manutenção dos brinquedos.

Divulgação

A professora parou de responder a estímulos e perdeu metade do cérebro. Com isso, a parte neurológica ficou “completamente afetada”, afirma Ricardo.

“Humanamente falando, a possibilidade de ela sobreviver, de ser uma pessoa normal, é praticamente descartada. Ela é uma paciente que está com muitas infecções. Vai chegar uma hora em que não vai ter mais antibiótico para ela. Os rins dela já começaram a ter falha”, informou o primo de Dávina.

Cirurgias e acordo com Mirabilandia

Desde o acidente, em 22 de setembro do ano passado, Dávine passou por dez cirurgias de reparação, sendo duas delas no cérebro. A professora foi encaminhada para o Hospital Ilha do Leite, que pertence ao plano de saúde dela, durante a manhã de quinta-feira (11/1).

Antes disso, todo o tratamento era pago pelo Parque de Diversões Mirabilandia, que fechou um acordo com a família de Dávine. “A partir de agora, não existe mais parque. Vai ser entre ela e a família. Para trás, foi esquecido”, disse o primo da vítima. As advogadas que representam os familiares de Dávine não divulgarão mais detalhes devido a uma cláusula de confidencialidade.

Falta de manutenção no parque

Após a perícia do Instituto de Criminalística (IC) no parque de diversões, o laudo apontou que o acidente no brinquedo em que a professora Dávine estava foi provocado pela corrosão dos elos das correntes que sustentavam os balanços da atração.

Devido a falta de manutenção no material, que apresentava “sinais de desgaste visíveis”, foi concluído que o Mirabilandia e da fabricante do equipamento foram responsáveis pelo acidente. Além disso, outras cadeiras do brinquedo tinham risco de despencar.

O advogado do Mirabilandia, Ernesto Cavalcanti, disse à TV Globo que discorda das conclusões do laudo, que considerou ter “erros graves”.

Para ele, o IC desconsiderou o parecer técnico feito pelo próprio Mirabilandia, “por peritos com mais de 40 anos de experiência”, que apontaram “uma falha nos elos das correntes” como a causa do acidente, que, no caso, seria uma “falha de fabricação”.

Relembre o caso

A professora de inglês Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, caiu de um brinquedo no parque de diversões Mirabilandia, em Olinda, no Grande Recife, no dia 22 de setembro de 2023, e ficou gravemente ferida.

O acidente aconteceu quando um dos 48 assentos do brinquedo chamado de “Wave Swinger” se soltou e ela foi arremessada.

Veja:

 

@metropolesoficial Uma mulher está internada em estado grave após cair de um brinqudo do parque Mirabilandia, em #Olinda, no Grande Recife (PE). O balanço em que ela estava se soltou e ela foi arremessada ao chão. O #acidente aconteceu na tarde desta sexta-feira (22/9). A mulher estava no brinquedo “Wave Swinger”, em que vários balanços são ligados à estrutura. Os balanços giram em torno dessa estrutura e chegam a até 12 metros de altura. A vítima da queda teve fraturas pelo corpo e traumatismo cranioencefálico. Segundo testemunhas, o parque continuou a funionar após o acidente. #tiktoknotícias ♬ som original – Metrópoles Oficial

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o brinquedo girando, em alta velocidade, quando a cadeira onde estava Dávine despenca. É possível escutar o barulho do impacto ao cair no chão. Duas adolescentes que estavam na fila da atração foram atingidas e ficaram feridas.

Depois do acidente, o Parque Mirabilandia foi interditado pela prefeitura e pelo Procon. O estabelecimento voltou a funcionar 40 dias após a interdição.

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