MST chama ataque a Israel de “reação legítima” de palestinos

Ministério da Defesa de Israel decretou "cerco total" a Gaza, área com quase 2,3 milhões de palestinos, com cortes de luz, água e alimentos

atualizado 10/10/2023 13:35

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Fumaça e chamas aumentam após ataques aéreos das forças israelenses enquanto os confrontos continuam entre as forças israelenses e grupos armados palestinos em vários locais de Gaza em 08 de outubro de 2023 na Faixa de Gaza, Gaza, rave Ali Jadallah/Agência Anadolu via Getty Images

Após o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, decretar, na segunda-feira (9/10), “cerco total” a Faixa Gaza, território que abriga cerca 2,3 milhões de palestinos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil divulgou nota (leia na íntegra no fim deste texto) em apoio “total e irrestrito” à luta da Palestina e contra a política de “apartheid implementada pelas autoridades israelenses”.

No texto, o MST afirmou que a “Resistência Palestina, desde Gaza, reagiu, de maneira legítima, às agressões e à política de extermínio que Israel implementa na região há mais de 75 anos (…) À brava Resistência Palestina em Gaza: seguiremos apoiando e defendendo o direito legitimo dos povos a reagir contra a opressão”.

O movimento ainda compara a Faixa de Gaza com uma “prisão a céu aberto”. “Um campo de concentração isolado do resto do mundo, permanentemente atacado e bombardeado pelo exército de Israel”, diz trecho de nota.

Israel x Hamas

A guerra aberta entre Israel e o grupo radical Hamas deixou, até o momento, 1,5 mil mortos e milhares de feridos desde sábado (7/10), quando o grupo lançou milhares de foguetes contra o território israelense, invadiu comunidades e levou mais de 100 reféns para Gaza.

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Uma visão de foguetes disparados por palestinos em resposta a ataques aéreos israelenses durante uma operação na Cidade de Gaza, Gaza em 07 de outubro de 2023

Abed Rahim Khatib/Anadolu Agency via Getty Images
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As pessoas avaliam a causa da destruição causada pelos ataques aéreos israelenses na Cidade de Gaza em 7 de outubro de 2023

Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
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Crianças são vistas em uma casa destruída após ataques israelenses na Cidade de Gaza

Mustafa Hassona/Anadolu Agency via Getty Images
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As forças israelenses deixam as pessoas e as revistam dentro das medidas de segurança tomadas em Ashkelon, Israel, enquanto os confrontos entre grupos palestinos e as forças israelenses continuam perto da fronteira Israel-Gaza

Saeed Qaq/Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros respondem depois que um incêndio eclodiu em um prédio como resultado de facções palestinas disparando foguetes em resposta aos ataques aéreos israelenses em Sderot, Israel

Saeed Qaq/Anadolu Agency via Getty Images
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Os esforços de busca e resgate continuam entre os escombros de edifícios destruídos após ataques israelenses na Cidade de Gaza

Mustafa Hassona/Anadolu Agency via Getty Images
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O braço armado do Hamas, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam seguram uma bandeira palestina enquanto destroem um tanque das forças israelenses na Cidade de Gaza

Hani Alshaer/Anadolu Agency via Getty Images
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Forças israelenses tomam medidas de segurança em Sderot, Israel,

Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images
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A fumaça sobe à medida que os confrontos entre grupos palestinos e as forças israelenses continuam na Cidade de Gaza

Mustafa Hassona/Anadolu Agency via Getty Images

Logo após os primeiros bombardeios, o governo de Israel decretou “cerco total” a Gaza, com cortes de eletricidade, água, alimentos e combustíveis na região. O território que abriga cerca 2,3 milhões de palestinos pode estar à beira de uma nova crise humanitária.

No quarto dia de guerra, o Ministério da Defesa israelense, informou que mais de 200 locais na Faixa de Gaza receberam bombardeios; entre eles, dois túneis que ligavam ambos territórios.

Brasileiros em Israel e na Palestina

Até agora, 2.377 brasileiros em Israel se inscreveram para serem repatriados ao Brasil, de acordo com a Embaixada Brasileira em Tel Aviv. Ao todo, seis aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) foram enviadas ao país do Oriente Médio.

O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, também informou que a Embaixada do Brasil no Egito está coordenando uma ação para a retirada de brasileiros que estão na Faixa de Gaza.

Veja as imagens dos aviões da FAB na missão de repatriação:

Segundo informações da Operação Voltando em Paz, da FAB, o primeiro voo para resgatar os brasileiros em Israel deve retornar ao Brasil na madrugada desta quarta (11/10) e pousar em Brasília por volta da 1h.

Mais cedo, o Itamaraty confirmou a morte do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, que estava desaparecido depois do ataque do grupo radical Hamas em uma rave.

Leia a nota do MST na íntegra

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil mais uma vez reitera nosso apoio total e irrestrito à luta do povo Palestino pela sua autodeterminação e contra a política de apartheid implementada por Israel.

A Resistência Palestina, desde Gaza, reagiu, de maneira legítima, às agressões e à política de extermínio que Israel implementa na região há mais de 75 anos.

Gaza foi transformada pelo governo sionista de Israel em uma prisão a céu aberto! Um campo de concentração isolado do resto do mundo, permanentemente atacado e bombardeado pelo exército de Israel.

Um território de 365 km² onde vivem mais de 2 milhões de palestinas e palestinos que foram expulsos de suas casas e suas terras pelo exército e por colonos de Israel. Um dos territórios mais densamente povoados do mundo, em que as pessoas não tem a liberdade de ir e vir; são privados de comida, água, medicamentos, energia, assistência médica, entre outros direitos.

À brava Resistência Palestina em Gaza: seguiremos apoiando e defendendo o direito legitimo dos povos a reagir contra a opressão!

Ao povo de Gaza: vocês são um exemplo de resiliência para todos e todas que lutam por um mundo mais justo, onde os povos tenham o direto de definir seus próprios destinos, sem intervenções e colonizações.

Ao povo Palestino em qualquer lugar do mundo: vocês têm no Movimento Sem Terra irmãos e camaradas de luta! Não descansaremos enquanto não conquistarmos uma Palestina livre, com capital em Jerusalém e com o legitimo direito ao retorno de todos os refugiados expulsos de suas casas, terras e aldeias!

Seguiremos de mãos dadas com o povo Palestino, rompendo todas as cercas e muros que nos privam de viver e amar!

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