Os ministros da Saúde, Desenvolvimento Agrário e Ciência e Tecnologia citaram a retomada de relações com o governo de Cuba para o desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas. O ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, destacou que a gestão brasileira vai buscar um intercâmbio de conhecimentos com o país caribenho.
“Faz seis anos, praticamente (quatro anos de governo Jair Bolsonaro e pouco mais de um ano de Michel Temer), que foram rompidas as relações de intercâmbio entre Brasil e Cuba, e nós estamos retomando o intercâmbio entre Brasil e Cuba, principalmente na agricultura familiar”, afirmou Paulo Teixeira, durante coletiva em Havana, capital cubana, na noite desta sexta-feira (15/9).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também está em Cuba. O petista chegou hoje acompanhado de comitiva ministerial em busca de estreitar relações com os países que vão participar do G77 e a China.
O G77 reúne 133 países em desenvolvimento. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha esfriado as relações com essas nações e tentou se aproximar do governo norte-americano, à época comandado por Donald Trump.
O ministro do Desenvolvimento Agrário destacou, ainda, que pretende ampliar a troca de conhecimento entre os dois países. “Eles têm muito conhecimento aqui na agricultura, eles têm muito saber, e nós queremos trocar esse saber. Nós devemos assinar amanhã [16/9] um memorando de entendimento entre o ministro da Agricultura de Cuba e o nosso ministério para estabelecer essas trocas de estabelecimentos”, adiantou.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou que o Brasil vai trabalhar com o governo de Cuba para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos, contanto com as inovações presentes nos diversos campos de conhecimento.
“Nós estamos retomando com o Ministério da Saúde de Cuba para desenvolver produtos de forma conjunta, inovações nos âmbito de vacina, de medicamentos para doenças crônicas, novos medicamentos para gastrite a partir de inovações com base no uso de cana-de-açúcar”, declarou Nísia.
A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, também participou da coletiva.
Cúpula do G77
Além de estreitar relações, o governo Lula chega a Cuba para ampliar o debate sobre desenvolvimento econômico e o papel da ciência e da tecnologia nesses países.
Também devem participar do encontro países em desenvolvimento da Ásia, África e América Latina. O bloco surgiu em 1990, com a participação da China.
Depois dos compromissos em Cuba, o presidente Lula segue para Nova York, nos Estados Unidos, onde participará da assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
