Militares que aparecem em vídeos de 8/1 fizeram segurança de Bolsonaro

Militares do GSI registrados nas gravações com G. Dias no Planalto acompanharam Bolsonaro em viagens oficiais e compromissos de campanha

atualizado 24/04/2023 11:12

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Reprodução/GSI

Sete dos nove militares que trabalhavam para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e foram identificados nas imagens gravadas pelo circuito interno do Palácio do Planalto, em 8 de janeiro, atuaram diretamente na segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso aconteceu em viagens oficiais e eventos de campanha.

O major José Eduardo Natale, que aparece dando água aos invasores e depois discutindo com um dos golpistas, acompanhou Bolsonaro na viagem a Juiz de Fora (MG) para o lançamento da campanha eleitoral dele, em agosto do ano passado. Ele também integrou a equipe de segurança do ex-mandatário em viagem à Rússia, em fevereiro de 2022.

Responsável pelo “alerta laranja” na véspera da invasão golpista – o que reduziu o efetivo de defesa no Planalto –, o general Carlos Feitosa Rodrigues também estava na comitiva que foi a Moscou. As informações constam no Portal da Transparência e foram reveladas pelo Estadão.

Além deles, o coronel Wanderli Baptista da Silva Júnior estava entre os seguranças enviados a Nova York para acompanhar Bolsonaro na Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro de 2022, quando o ex-presidente fez um discurso na Assembleia Geral mirando nas eleições brasileiras.

Em depoimento à PF, na última sexta-feira (21/4), o ex-chefe do GSI general Gonçalves Dias disse ter dado ao coronel Wanderli a ordem para prender os invasores orientados a deixar o andar presidencial.

O major José Eduardo Natale, que ofereceu água aos golpistas, afirmou, em depoimento nesse domingo (23/4), que não deteve ninguém porque a situação envolvia “risco de vida”.

Em uma das filmagens, o major José Eduardo Natale aparece entregando água aos invasores. No depoimento à PF, o militar afirmou que os manifestantes pediram água e ele estava usando uma técnica de gerenciamento de crise.

Os ouvidos também afirmaram que tentaram combater os golpistas começando dos andares superiores, empurrando para baixo.

Crise no GSI

O GSI disponibilizou mais de 200 horas de gravações dos atos golpistas, registradas em 33 câmeras pelos quatro andares do edifício.

O registro ganhou nova repercussão esta semana, com a divulgação de um trecho do circuito interno em que o general Gonçalves Dias, então chefe do GSI, aparece circulando entre os golpistas. O ex-ministro se demitiu após a divulgação de partes do vídeo pela CNN, na última semana.

Na íntegra dos vídeos, além de G. Dias, outros servidores do GSI aparecem nas gravações, interagindo com os golpistas. Entre eles, o major José Eduardo Natale, que chega a oferecer água aos invasores, em imagens já divulgadas, mas agora em outros ângulos. Natale também aparece discutindo com um dos invasores.

Há ainda imagens que mostram o momento em que a Tropa de Choque da PMDF recua após agentes serem apedrejados por golpistas. Os agentes resistiram por cerca de 16 minutos, antes de deixarem a entrada do local. Com a chegada dos golpistas, os militares do GSI responsáveis pela segurança se desesperaram e guardaram pertences.

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