Milícia de Zinho cobrava mensalidade da construção civil no Rio

Segundo Operação Dinastia 2, empreiteiras eram obrigadas a pagar para milícia construção em andamento, inclusive obras da prefeitura

atualizado 19/12/2023 16:02

Compartilhar notícia
Reprodução

De acordo com a Operação Dinastia 2, deflagrada nesta terça-feira (19/12), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em parceria com a Polícia Federal (PF), a milícia de Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, explorava o setor da construção civil por meio de taxas para cada tipo de obra. Grandes empreiteiras eram obrigadas a pagar, todo mês, por construção em andamento, e até mesmo por obras da Prefeitura do Rio.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), por meio do material apreendido na 1ª fase da Operação Dinastia, em agosto de 2022, foi possível desvendar como o grupo criminoso cobrava empresários da construção civil.

De acordo com a investigação, uma “empresa foi montada para que fossem realizados os “controles de pagamento, dissimulação das cifras criminosas e até ‘embargo de obras’ em caso de inadimplemento”.

Nas tabelas, há parcelas de R$ 13 mil. Um subtotal mostra R$ 168 mil em um mês só com essas taxas

Até o momento, cinco pessoas foram presas de um total de 12 mandados de prisão. Dentre elas Alessandro Calderaro (Noque), Renato de Paula da Silva (RP) e William Pereira de Souza (Bolinho), responsáveis pelas extorsões. De acordo com a PF, o objetivo da 2ª fase da operação é desfazer o núcleo financeiro do grupo.

Os órgãos envolvidos na investigação afirmam que “toda a estrutura de imposição de taxas ilegais a grandes empresas e a pequenos comerciantes locais” e as contas correntes onde eram depositadas as quantias foram identificadas.

Zinho continua foragido.

O que diz a prefeitura do Rio sobre “mensalidade” da milícia

Em nota, a Prefeitura do Rio disse ter ciência “dessas intimidações feitas tanto pelo tráfico quanto pela milícia” e que “sempre orienta as empresas para que denunciem”.

E que “em agosto deste ano, por exemplo, funcionários da empresa Lytorânea que trabalhavam nas obras do Bairro Maravilha Sandá, em Bangu, foram agredidos por criminosos, e o registro foi feito na delegacia. O município também já tomou outras providências, como a retirada do valor investido das placas de obras”.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • JWPLAYER

    <div style=”position:relative;overflow:hidden;padding-bottom:56.25%”><iframe src=”https://cdn.jwplayer.com/players/yuagbah7-UoHZWlYw.html” width=”100%” height=”100%” frameborder=”0″ scrolling=”auto” title=”CBMDF combate queimada em mata próxima a Papuda.mp4″ style=”position:absolute;” allowfullscreen></iframe></div> Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Faça uma […]

  • JWPLAYER

    Aqui vai o embed: Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar
Sair da versão mobile