Na tarde deste domingo (8/1), quando bolsonaristas extremistas invadiam e depredavam as sedes dos Três Poderes, em Brasília, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi às redes sociais comentar o estado da residência oficial da Presidência da República, o Palácio da Alvorada.
A atual primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, mostrou os danos no Alvorada encontrados pela equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois que a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desocupou o local. “O que a gente percebe é que não teve cuidado, manutenção”, observou.
Em postagens feitas neste domingo, Michelle escreveu: “Durante o mandato do meu marido, preservamos o Palácio da Alvorada respeitando a estrutura que é patrimônio tombado e também o dinheiro do povo brasileiro”. Em seguida, ela resgatou uma obra feita em 2006, no final do primeiro mandato de Lula, na qual, diz ela, foram feitas algumas mordomias.
Um dos pontos defendidos por Michelle foi sobre as infiltrações no teto do Alvorada, que, segundo ela, voltaram após as chuvas recentes em Brasília. “O conserto demanda um tratamento especial na manta que está sobre a laje”, justificou.
Em entrevista à GloboNews, que foi ao ar na última quinta-feira (5/1), Janja fez um passeio pela residência oficial e apontou, para a jornalista Natuza Nery, vidros de janelas rachados, sofás e tapetes rasgados e sujos, tetos com infiltração, tábuas soltas e quebras no piso. Uma série de móveis e obras de arte precisarão ser restaurados, por danos ou exposição indevida ao sol.
“Eu e o presidente Lula resolvemos que a gente só vai mudar quando tiver um inventário completo do que tem aqui dentro, de como foi entregue para a gente”, afirmou a primeira-dama. Antes mesmo da mudança, a intenção é realizar algumas obras para restaurar o espaço na área residencial do palácio.
Lula visitou o local na última terça-feira (3/1) e, de acordo com Janja, ficou mexido e “um tanto decepcionado” com o estado de conservação do Alvorada. Em mandatos anteriores, o petista havia plantado um pé de mandacaru que foi arrancado, o que decepcionou o presidente no retorno à residência oficial onde já viveu por oito anos, entre 2013 e 2010.
“Os móveis, os pés dos móveis que são de latão, não estão polidos. Os móveis não são os originais. A gente vai tentar recuperar isso. Ainda preciso fazer uma visita no depósito – a Presidência da República tem um depósito de móveis – e ver o que foi para lá. Tem muitos objetos que foram transportados de um lado para o outro, do Planalto para cá, daqui para o Jaburu. Então, a gente precisa localizar esses objetos”, descreveu Janja.
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