Mauro Cid tentou mudar data de ofício para recuperar joias sauditas

Conversa com chefe do gabinete de Documentação Histórica mostra Mauro Cid falando sobre ofício à Receita Federal para recuperar joias

atualizado 12/05/2023 21:10

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O tenente-coronel Mauro Cid, que atuou como ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teria tentado mudar a data de um ofício para tentar recuperar as joias recebidas da Arábia Saudita.

A informação é da CNN Brasil. Em 27 de dezembro de 2022, Cid entrou em contato com Marcelo da Silva Vieira, à época chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) da Presidência. O tenente-coronel encaminhou, por mensagem, a minuta do ofício que seria enviado à Receita Federal, na tentativa de recuperar os presentes.

A data do documento, porém, era 23 de dezembro. Marcelo, então, responde dizendo que o assunto deve ser tratado com a secretaria de Administração, “por ser destinado ao Estado brasileiro”, e pergunta se Cid conseguiu resolver a questão. O ex-ajudante de ordens responde positivamente.

Veja a troca de mensagens:

conversa cid joias sauditas

O coronel Marcelo da Silva Vieira foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta sexta-feira (12/5). Marcelo é capitão-de-corveta aposentado da Marinha. Enquanto esteve no governo, a responsabilidade dele era avaliar o que se tratava de presente pessoal, ou seja, o que poderia ser listado como artigo privado do presidente, ou o que deveria ser encaminhado ao acervo do Estado brasileiro.

Exonerado

Ele começou a trabalhar no gabinete em 2017, durante o governo de Michel Temer, e permaneceu na função até janeiro de 2023, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a Presidência e exonerou centenas de militares.

Assim como Bolsonaro e Mauro Cid, Marcelo Vieira prestou depoimento à PF. Aos investigadores ele relatou que o então presidente participou de uma ligação com seu ex-ajudante de ordens, na qual pedia que Cid e Vieira assinassem um ofício para a liberação das joias sauditas. Os objetos foram avaliados em R$ 16,5 milhões, mas estavam retidos na Receita Federal.

Vieira acrescentou ter explicado a Cid e a Bolsonaro, em ligação telefônica no viva-voz, que o gabinete que chefiava não tem a função de solicitar bens, mas é responsável apenas pela classificação e registro dos presentes.

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