O senador Marcos do Val (Podemos-ES) retornou, nesta quinta-feira (3/8), às atividades parlamentares após licença médica de 40 dias. Do Val havia se afastado do cargo após ação da Polícia Federal (PF) para investigar suposta obstrução de apurações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
O parlamentar usou a tribuna do Senado para discursar sobre a operação da PF, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao congresissta em junho. “Aconteceu no dia do meu aniversário, 15 de junho. Tiraram, naquele dia, minhas redes sociais. Entraram no meu gabinete aqui no Senado e isso não acontece há 200 anos”, afirmou.
Do Val disse que é investigado por “defender a democracia”. O parlamentar também afirmou que não se arrepende de suas ações.
Desde o início do ano, o senador tem defendido a tese de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Daniel Silveira estariam envolvidos em um plano para gravar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República.
“Não foi por corrupção, não foi por lavagem de dinheiro, não foi por crime organizado, não foi por fake news. Foi por denunciar uma possível organização da queda da democracia. Fui defender a democracia. Alguns perguntam: você se arrependeu? Não. Farei milhões de vezes se for necessário para defender a nossa democracia”, pontuou.
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