Mandetta celebra fim da emergência de Covid: “Vacina é divisor de águas”

Mandetta comandou Saúde nos primeiros meses de crise da Covid-19. Declaração da OMS, no entanto, não é simples "virada de página", emendou

atualizado 05/05/2023 13:06

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Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta Igo Estrela/Metrópoles

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta comemorou o fim do estado de emergência da pandemia de Covid-19, declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta sexta-feira (5/5). Segundo o médico, que esteve à frente da pasta da Saúde nos primeiros meses da crise sanitária, a vacina é “o grande divisor de águas”, e permitiu melhores condições de enfrentamento à doença.

“O vírus fazia com que a gente trabalhasse no limite do improviso em saúde. A vacina é o grande divisor de águas porque começa a proteger o sistema de saúde, principalmente, para que as coisas pudessem ser conduzidas com mais segurança”, declarou, em entrevista ao Metrópoles.

Mandetta frisa que a declaração da OMS não significa que a pandemia acabou, porque o vírus continua circulando e causando danos.

“O que existia é que esse vírus não atacava somente o indivíduo, a preocupação não era somente o indivíduo. O vírus ataca a sociedade, o sistema de saúde, e sequestra todos os leitos e meios de saúde, matava os profissionais, que eram para cuidar das pessoas”, completou.

A mudança da classificação da pandemia ocorre um dia após a 15ª Reunião do Comitê de Emergência para Covid-19. O painel de especialistas vem se encontrando periodicamente, desde janeiro de 2020, para analisar os dados da pandemia e determinar qual o momento para diminuir o nível de preocupação sobre o coronavírus.

Segundo o ex-ministro, o fim da emergência não deve representar uma simples “virada de página”. Nesta nova etapa, caberá à sociedade, instituições médicas e ao governo fazer uma análise do que poderia ter sido diferenete nos últimos três anos e três meses, desde que o decreto de emergência foi implementado.

Demissão

Mandetta foi demitido do governo Bolsonaro no início da pandemia, em abril de 2020, por divergências com o então mandatário da República sobre as medidas de enfrentamento à doença em território brasileiro.

“Se tivéssemos tido vacina a pronto emprego, provavelmente na segunda onda, que foi mais devastadora que a primeira, não teríamos passado por ela de forma tão grave”, prosseguiu.

“É preciso que seja feita alguma reflexão sobre o papel das instituições no momento em que ficamos à deriva, era cada cabeça uma sentença”, lembrou.

Segundo ele, a discussão é necessária para deixar os protocolos para “as próximas pandemias”, que certamente ocorrerão, é apenas uma questão de tempo. “A nossa geração ou as próximas vão se deparar com esse dilema novamente”, frisou.

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