Mandantes de execução para não pagar comissão vão a júri popular em GO

Fazendeiro e outros dois são acusados de matarem o corretor Welington Freitas, de 67 anos, para não pagarem comissão de R$ 20 milhões

atualizado 08/08/2023 9:56

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Corretor Wellington Freitas foi encontrado carbonizado perto de fazenda que comprou em Rio Verde, Goiás Reprodução

GoiâniaAcusados de matar o corretor de imóveis Wellington Freitas, conhecido como Eltinho, em Rio Verde, no sudoeste goiano, um fazendeiro e outros dois homens vão a júri popular. Conforme as investigações, a vítima foi morta para não receber uma comissão de R$ 20 milhões, relativa a venda de uma propriedade rural.

A decisão foi publicada na última quinta-feira (3/8). A juíza Grymã Guerreiro Caetano Bento definiu que os três acusados devem passar por um júri popular. A magistrada também negou o pedido de revogação da prisão deles e, portanto, o trio segue preso preventivamente. Guerreiro destaca ainda que há indícios de autoria do crime, porém houve mudanças nos elementos da denúncia.

Por meio de nota, a defesa do fazendeiro Renato de Souza afirmou que utilizará de todas as instâncias e medidas cabíveis para demonstrar a ilegalidade e injustiça do processo. O advogado alega que as supostas provas foram produzidas de forma seletiva e parcial.

Já a defesa de Rogério Teles, declarou que o cliente é inocente e não há elementos suficientes para que ele seja levado a júri popular. “Não há elementos minimamente razoáveis para submeter ele a júri. Temos circunstâncias provadas que ele não tem ligação com o fato”, disse.

A defesa de Rogério Oliveira Muniz informou que não irá se manifestar sobre o caso.

Amigos

De acordo com o delegado do Grupo de Invetigações de Homicídios (GIH), responsável pelo caso, Adelson Candeo, a motivação do crime foi uma dívida de R$ 20 milhões do mandante para a vítima, que já estava judicializada. Segundo ele, a suspeita é de que ele também tinha débitos com as outras possíveis vítimas.

Renato de Souza e Eltinho, inclusive, eram amigos de longa data. Era comum que os dois e as respectivas famílias fossem vistos juntos em festas e eventos no município e na região, que tem fortes características agropecuárias.’

O inquérito do caso foi concluído. Quatro pessoas, incluindo o mandante, foram indiciados e estão presos na Casa de Prisão Povisória (CPP) de Rio Verde, três deles por homicídio triplamente qualificado e fraude processual.

Outras mortes

Segundo o delegado, Renato também tinha intenção de mandar matar outras três pessoas, que também seriam pessoas do setor agro e faziam negociações com a vítima. A suspeita é de que o fazendeiro tinha dívidas com as possíveis futuras vítimas. Ainda conforme a corporação, o executor de Eltinho não seria responsável pela morte das outras pessoas, já que eles se conheciam.

De acordo com Candeo, o homem contrataria executores na cidade de Barra do Garças (MT), para a realização dos homicídios. A situação foi revelada pelo matador de Eltinho, Rogério Oliveira.

À imprensa, o delegado disse ainda que os celulares da vítima e dos envolvidos não foram encontrados e, por isso, foi pedido à Justiça o desbloqueio das linhas telefônicas.

O crime

De acordo com a polícia, a vítima recebeu uma ligação do homem contratado para matá-la, simulando interesse em comprar uma fazenda. Logo em seguida, eles se encontraram em frente a uma agência bancária de Rio Verde e seguiram para a zona rural.

“No local, ele fez com que a vítima entrasse em um milharal e amarrou seu pescoço. Acreditando que a vítima estava morta, foi para um hotel, onde recebeu ligação telefônica de um intermediário dizendo que ele deveria terminar o serviço”, contou o delegado Adelson Candeo, do Grupo de Investigação de Homicídios de Rio Verde.

Diante disso, o executor voltou ao local do crime, jogou gasolina e ateou fogo no corpo da vítima, que estava inconsciente, mas ainda com vida, sendo morta em razão das queimaduras.

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