Lula reúne ministros para cobrar ações que aumentem aprovação do governo

Lula preside, nesta quinta, reunião ministerial e vai cobrar "pressa" de seus auxiliares por ações principalmente para a classe média

atualizado 15/06/2023 6:37

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Lula fala durante reunião ministerial no Palácio do Planalto Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reúne, nesta quinta-feira (15/6), os 37 ministros para fazer balanço das ações do governo dos primeiros seis meses de seu terceiro mandato. Além disso, Lula pedirá pressa na execução de programas que aumentem a popularidade da gestão.

Ainda que o país esteja registrando bons indicativos econômicos, a popularidade do governo Lula vem sofrendo lenta, mas constante erosão.

Quando o Ipec fez a primeira pesquisa de avaliação da atual gestão, em março, 41% dos entrevistados avaliaram o governo ótimo ou bom. Em abril, a avaliação positiva de Lula oscilou dois pontos percentuais para baixo, passando de 41% para 39%, enquanto a reprovação cresceu de 24% para 26%.

No último levantamento, divulgado em 9/6, o ótimo/bom caiu mais dois pontos, e o ruim/péssimo subiu dois pontos: 37% a 28%, com 32% avaliando o governo como regular.

O entorno de Lula não considera esses números péssimos, mas crê que é possível melhorar a avaliação do governo nas próximas pesquisas, com o aparecimento do efeito de programas lançados e com a aceleração de iniciativas que ainda estão em desenvolvimento.

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Fernando Haddad

Fábio Vieira/Metrópoles
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Alexandre Padilha, ministro e articulador político do governo Lula

Valter Campanato/Agência Brasil
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Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin

Vinicius Schmidt/Metropoles
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A ministra Anielle Franco

Reprodução/Twitter
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Lula

Hugo Barreto/Metrópoles

Acenos para a classe média

Após um início de governo focado em programas voltados aos brasileiros mais pobres, a atenção das políticas públicas mira cada vez mais a classe média. Depois do desconto para a compra de carros, o governo Lula quer colocar na rua uma ampliação do público do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

A ideia é que o limite de financiamento suba de R$ 264 mil para R$ 500 mil e que famílias com renda mensal de até R$ 12 mil possam ser beneficiadas — o limite atual é de R$ 8 mil por mês.

Na reunião marcada para esta quinta, Lula pretende cobrar pressa dos ministros para iniciativas como essa, conforme o presidente sinalizou na última terça (13/6), no lançamento de sua live semanal nas redes sociais.

“Eu tenho pressa. E essa pressa eu costumo passar para os meus ministros”, disse Lula, na ocasião. “E, quinta-feira, vou ter uma reunião com os ministros para cobrar pressa. Não há tempo a perder. Não há tempo para conversa-fiada. Ou seja, nós temos de levantar de manhã trabalhando, parar de trabalhar o mais tarde possível da noite e, no dia seguinte, levantar cedo outra vez”, discursou Lula.

“Quando você governa, você não acha, não pensa e não acredita. Você faz ou não faz. E nós temos de fazer. É isso, simples assim. Nós temos de fazer. Se tem alguma coisa difícil, desenrole e faça, porque é assim que a gente governa um país”, complementou o presidente, adiantando a “bronca” que dará nos subordinados.

Despedida para uma ministra

A reunião ministerial desta quinta deverá marcar também uma espécie de despedida para a chefe da pasta do Turismo, Daniela Carneiro. Lula deverá assinar nos próximos dias a dispensa dela, mas os responsáveis pela saída são os colegas de União Brasil, que estão colocando o governo na parede para forçar a nomeação do deputado federal Celso Sabino (União-PA) para o lugar de Daniela.

Waguinho: Lula chorou em reunião com Daniela sobre possível demissão

O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, abriu o jogo nesta semana sobre a pressão da bancada do União na Câmara para trocar não apenas Daniela, mas os outros dois ministros que o partido indicou no início do governo: Juscelino Filho, das Comunicações, e Waldez Góes, da Integração Nacional. Eles deverão seguir na berlinda por mais algum tempo, mas Daniela deve abrir a “minirreforma” ministerial na próxima semana.

A troca é uma tentativa do governo de destravar o principal nó: a falta de uma base consolidada no Congresso, em especial na Câmara, que tem levado a grandes dificuldades para a aprovação da agenda governamental.

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