A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, havia recém-anunciado as 4,4 mil vagas para concursos públicos em 2023 quando recebeu uma ligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deixou a sala onde ocorria a coletiva de imprensa para anúncio das novas posições, na tarde desta sexta-feira (16/6).
Ao retornar para a sala, ela afirmou que Lula cobrou mais vagas para duas áreas: a social e a de meio ambiente.
“Ele está cobrando que estão faltando áreas, literalmente foi isso”, relatou ela a jornalistas. “São duas áreas com que ele está preocupado. Eu falei para ele que uma delas a gente vai soltar provavelmente na semana que vem”, afirmou ela, em referência às vagas para Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS).
Segundo a ministra, as definiões das vagas de ATPS precisam cumprir etapas que ainda não ficaram prontas e, por essa razão, não foram anunciadas nesta sexta. Essas vagas deverão ser preenchidas em ministérios como o das Mulheres e o da Igualdade Racial. “Falei para ele: pode ficar tranquilo, que os próximos (concursos) que vão sair são os ATPS´s”, completou Dweck.
No que se refere às áreas ambientais (notadamente ICMBio e Ibama), sobre as quais há cobrança em razão da fiscalização, ela esclareceu que há necessidade de provimento de vagas de seleções já realizadas. “Tanto ICMBio, quanto Ibama têm concursos em vigor. Então, a gente precisa esgotar eles para poder fazer um novo concurso. Ele entendeu”, completou Dweck.
Somando-se as 4.436 vagas anunciadas nesta sexta com os concursos já autorizados neste ano, haverá um total 5.880 vagas abertas no Executivo federal em 2023.
Próximos passos
Nas próximas semanas, serão montados e publicados os editais dos concursos públicos. A autorização para sua realização deverá ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) dos próximos dias. Uma primeira parte deverá sair já em edição extra nesta sexta.
A expectativa do Ministério da Gestão é que uma parte dos servidores selecionados entre no serviço público ainda em 2023 e a restante, no começo do próximo ano.
“Envolve um tempo grande. A nossa expectativa é que, soltando hoje, a gente consiga terminar os concursos ainda este ano e tente fazer algum provimento ainda neste ano”, informou Dweck, defendeo uma “força-tarefa” para acelerar o processo.
