O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou o subprocurador-geral Paulo Gonet para o cargo de Procurador-Geral da República (PGR). A indicação saiu às 14h desta segunda-feira (27/11), e o nome terá de ser aprovado pelo Senado.
A vaga da PGR estava em aberto desde o fim de setembro, com a saída do então procurador, Augusto Aras. A subprocuradora-geral da República, Elizeta Ramos, assumiu de forma interina o comando da instituição.
Havia expectativa de que Lula fizesse a indicação à PGR quando retomasse as agendas após uma cirurgia no quadril, realizada em 29 de setembro, e nomeasse três novos ministros para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que aconteceu em 10 de novembro.
“Quero agradecer a indicação do presidente Lula. Espero corresponder à confiança com que Sua Excelência me distinguiu. A minha disposição agora é a de me encontrar com os senadores, para que me conheçam melhor, contando que também eles se animem a me honrar com o seu voto de confiança”, afirmou Gonet à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.
Paulo Gonet tem endosso de ministros do STF e de Pacheco
Nesse tempo, Paulo Gustavo Gonet Branco despontou como favorito para a recomendação à PGR e teve o nome endossado por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do apoio do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Senadores avisaram que a pauta econômica seria retomada na Casa apenas depois da escolha de Lula.
Parte da esquerda tinha resistência à indicação de Gonet, por ele ser “ultracatólico” e por considerar que ele seria uma continuação ao conservadorismo de Aras. No entanto, a expectativa de líderes da Casa é que Gonet não enfrente dificuldades para ter seu nome aprovado pelos senadores.
