O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem enfrentado diversos questionamentos e pressões externas sobre a escolha do próximo procuradoria-geral da República (PGR), com a saída de Augusto Aras, cujo mandato termina nesta terça-feira (26/9). O ministro das relações institucionais, Alexandre Padilha, disse à imprensa na manhã desta segunda-feira (25/9) que “não tem por que pressionar” Lula em relação ao assunto.
“Tem o tempo dele, não tem que estar preocupado nem pressionado”, afirmou Padilha. “É prerrogativa dele a escolha. A Constituição tem seus mecanismos, isso já aconteceu outras vezes. Não tem por qu ser pressionado por uma data por uma escolha da indicada ou indicado”, continuou o ministro.
O colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, adiantou que Lula deve deixar definição do novo PGR para depois da cirurgia que fará no quadril. A operação está marcada para a próxima sexta-feira (29/9).
Questionado quanto à “metodologia” das escolhas, o ministro Padilha ressaltou que o presidente faz uma espécie de entrevista com todos quem considera aptos para ocupar posições importantes “[Ele faz ] Isso para todas suas indicações. Vai fazer isso para a composição de qualquer espaço”, explicou Alexandre Padilha. “Além da escolha dele, ainda tem a sabatina que vai ocorrer no Senado, que pode demorar dias”, concluiu.
Lula não tem sido pressionado somente para a indicação do futuro líder da PGR, como também em diversas outras escolhas que devem ser tomadas todas quase ao mesmo tempo. Por exemplo, o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que vai substituir a ministra Rosa Weber.
Escolhas de Lula para o STJ
No começo do mês, Lula teve que decidir sobre os novos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em uma extensa lista, da qual sobressaíram-se dois nomes: os desembargadores José Afrânio Vilela e Teodoro Silva Santos.
Estiveram presentes na coletiva de imprensa os ministros que participaram de reunião com Lula no Palácio do Planalto.
O encontro aconteceu na manhã desta segunda-feira (25/9), com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB); o ministro da Casa Civil, Rui Costa; o ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo; o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta; o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues; o líder do governo no Senado Federal, senador Jaques Wagner; e o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado José Guimarães.
