O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a uma plateia de empresários reunidos no Palácio Itamaraty que o governo brasileiro vai garantir estabilidade política, social, jurídica e fiscal. A fala foi proferida nesta terça-feira (7/11), dias após o próprio petista dizer que “dificilmente” o déficit zero será alcançado em 2024.
“Vamos garantir estabilidade política, estabilidade social, estabilidade jurídica, nós vamos garantir para vocês estabilidade fiscal e nós queremos garantir para vocês a possibilidade de vocês colocarem a inteligência empresarial de vocês para que esse país cresça cada vez mais”, afirmou Lula, em discurso na abertura do 6º Brasil Investment Forum (BIF).
Lula tem dito que o governo precisa de investimentos. Ele afirmou que não vai estabelecer uma meta fiscal que obrigue o governo a começar o ano fazendo corte de bilhões de reais nas obras que são prioritárias para o país.
“Dinheiro bom é dinheiro transformado em obra”, diz Lula a Haddad
A meta de déficit zero consta do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024, documento que baliza o orçamento federal, enviado pela equipe econômica e sob análise do Congresso Nacional. Ainda há incerteza sobre se o governo vai patrocinar uma mudança na meta, apoiar uma alteração no texto por algum parlamentar ou mesmo postergar a decisão.
No evento desta terça no Itamaraty, Lula ainda defendeu que o fluxo de comércio exterior no Brasil pode chegar até US$ 1 trilhão.
O Brasil bateu recorde de US$ 607,7 bilhões negociados no comércio exterior no ano passado. Esse valor é um cálculo a partir das exportações e importações brasileiras.
Evento com Tebet, Haddad e Lula
O evento em que Lula discursou é voltado para a atração de investimentos estrangeiros da América Latina e acontece entre os dias 7 e 8 de novembro em Brasília. Além de Lula, cerimônia de abertura contou com as presenças do vice Geraldo Alckmin e de outros ministros de Estado, como Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Fernando Haddad (Fazenda).
O BIF é organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
