A jovem Shahed Al-banna, 18 anos, repatriada pelo governo brasileiro da Faixa de Gaza, afirmou que quer dar continuidade aos estudos no Brasil.
“Eu também queria começar a fazer a faculdade, porque eu estava começando a fazer a faculdade lá [em Gaza], mas começou a guerra”, afirmou Shahed nesta terça-feira (14/11).
Ela disse que está em dúvida sobre qual caminho seguir, mas que pensa em carreira no jornalismo ou como piloto de avião. Por enquanto, ela afirma que o mais quer é ajudar os brasileiros e o restante da família que seguem presos na Faixa de Gaza, em meio ao conflito que atinge a região. “Não vou ficar calma até eles saírem de lá”, contou.
A jovem estava na comitiva composta por 32 brasileiros e familiares próximos que desembarcou na Base Aérea de Brasília nessa segunda-feira (13/11).
Ao chegarem em solo nacional, o grupo foi direcionado a agentes do Ministério do Desenvolvimento Social e da Casa Civil, que devem providenciar identidades, auxiliar em pedidas de refúgio, oportunidades de emprego e no acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Logo depois de recepcionados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os repatriados seguiram para o Hotel de Trânsito dos Oficiais, na Base Aérea de Brasília, área militar anexa ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.
Além de contarem com abrigo e procedimentos de regularização dos documentos, os repatriados terão garantido acesso a alimentação, atendimento psicológico, cuidados médicos e imunização.
No desembarque do grupo em Brasília, Lula destacou a mobilização do governo para repatriá-lo. “A chegada desse décimo avião é a coroação de um trabalho muito sério que a gente deve a muita gente que trabalha no governo, sobretudo o ministro de Relações Exteriores, e todos os companheiros que estão aqui”, frisou o presidente da República.
