O deputado federal André Janones (Avante-MG) admitiu, nesta quarta-feira (29/3), que chamou Nikolas Ferreira (PL-MG) de “chupetinha” durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
Na terça-feira, as ofensas contra Nikolas Ferreira foram atribuídas a Rui Falcão (PT-SP), que presidia a sessão. No entanto, nesta quarta, Janones admitiu ser o autor da fala e chamou bolsonaristas de “frouxos”.
“Fiquei esperando algum parlamentar que tivesse aqui nessa comissão a valentia que tem na redes sociais, mas infelizmente parece que grande maioria dos bolsonaristas são frouxos, não têm coragem de dizer quem foi que chamou o deputado ‘Chupeta’ de ‘Chupetinha’. Quem usou essa expressão fui eu, e continuarei fazendo”, afirmou.
Janones afirmou que deputados ligados a Bolsonaro fazem ofensas e piadas contra outros parlamentares e que, por essa razão, ele repetiria o comportamento.
“Enquanto alguns nesta Casa puderem continuar usando de palavras de baixo calão para chamar o presidente Lula de nove dedos, eu também continuarei fazendo. Não sou mais nem menos deputado do que nenhum dos senhores”, declarou.
Veja:
Homofobia
A confusão ocorreu na terça-feira (28/3), em audiência para ouvir o ministro Flávio Dino (PSB-MA) sobre a política de armas do governo Lula (PT). Nikolas se dirigia ao ministro quando foi interrompido por colegas.
O deputado do PL perguntou se poderia continuar a fala e André Janones respondeu: “Vai, chupetinha”. Após a repercussão do caso, o PL afirmou que representará contra Janones no Conselho de Ética da Câmara por homofobia.
Nesta terça, Janones negou que as ofensas contra Nikolas tenham cunho homofóbico. O deputado afirmou que o apelido se refere à “infantilidade” de Nikolas Ferreira.
“Lá em Minas Gerais, Nikolas Ferreira é tratado como chupeta. Esse apelido e não tem nada a ver com homofobia. Não vamos transformar em homofobia, que é um problema sério no nosso país. Milhares de pessoas são assassinadas e são vítimas de ódio. É um apelido que apenas tem a ver com a sua infantilidade”, justificou.
