O governo de Israel concedeu agrément ao embaixador brasileiro Frederico Salomão Duque Estrada Meyer. O agrément é o consentimento de um Estado para que determinado diplomata estrangeiro seja nomeado para função em seu território.
Frederico Meyer é o atual Cônsul-Geral do Brasil em Cantão, na China, e já foi Embaixador no Cazaquistão (2006-2011) e no Marrocos (2011-2015). Foi também porta-voz do Itamaraty (2015-2016) e embaixador alterno na Missão do Brasil junto às Nações Unidas, em Nova York (2017-2019).
Anteriormente, serviu em Bagdá (1980-1983), Moscou (1985-1989), Genebra (1989-1993), Georgetown (1993), Havana (1995-1998), Genebra (1998-2003) e Nova York (2003-2006).
O próximo passo é a apreciação do nome de Meyer pelo Senado Federal brasileiro.
Ainda no início de janeiro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) removeu o militar Gerson Menandro Garcia de Freitas da embaixada do Brasil em Tel Aviv, Israel.
Menandro, que não é diplomata de carreira, é general formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Ele foi indicado durante a gestão do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, e estava na embaixada em Tel Aviv desde 2020.
Antes, o militar foi gerente de Relações Institucionais e Governamentais da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e também ocupou cargos e funções militares no Brasil e nos Estados Unidos.
Mudança de postura em relação a Israel
Durante sua posse como ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira afirmou que o Brasil retomaria o pragmatismo e neutralidade em relação a questão da Palestina, diferentemente da postura do governo anterior.
Durante a gestão Jair Bolsonaro (PL), o Brasil se alinhou diversas vezes com Israel, e o então presidente chegou até mesmo a ensaiar uma transferência da embaixada brasileira de Israel de Tel Aviv para Jerusalém, causando polêmica entre a comunidade árabe.