O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve nesta terça-feira (15/8) reunido com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O encontro aconteceu um dia depois das declarações dadas pelo ministro sobre dificuldades de negociação da Câmara com o Executivo.
O encontro, de última hora, também contou com a participação do líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP).
A reunião com Pacheco ocorreu em meio à repercussão negativa da fala do ministro. Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, da Band News, Haddad disse que vê a Câmara com um poder grande, mas reforçou que ela não pode “humilhar” outras instituições: “Não pensa você que está fácil. A Câmara está com um poder muito grande, e ela não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo”, disse.
Sem citar nomes, Haddad fala que “o bom da democracia é que a pessoa não vai ter esse poder para sempre, a instituição pode ter, mas você não sabe na mão de quem ela vai estar daqui com dois, quatro, 10 anos”. A fala do ministro foi vista como uma “indireta” ao presidente da Câmara.
Após o encontro com o presidente do Senado, o ministro afirmou que ligará para Lira, mas não o encontrará hoje.
Ao mesmo tempo em que Haddad e Pacheco se reúniam, o presidente da Câmara falava à imprensa sobre as falas divulgadas na segunda-feira (14/8). Segundo ele, a Casa Baixa “não tensionou” a relação com o Executivo.
“Nós não tensionamos. Nós ficamos surpresos. Eu, como disse na minha nota, acho que foi inapropriado, talvez um relaxamento excessivo do ministro em uma entrevista”, declarou. “Não vejo clima para além do que foi criado. A Câmara, como o Senado, trabalha com harmonia nesses temas.”
