Grupo fazia tráfico de diamantes extraídos de terra indígena e área ambiental

De acordo com a Polícia Federal, grupo vendia diamantes para países de diversos continentes, movimentando quantia superior a R$ 30 milhões

atualizado 30/04/2023 21:19

Compartilhar notícia
diamante marrom Reprodução

Uma quadrilha responsável pela extração ilegal de diamantes em terras indígenas e áreas de proteção ambiental foi desarticulada pela Polícia Federal (PF) em São Paulo (SP). O grupo, cujos integrantes foram presos na última semana no âmbito da Operação Itamarã, movimentou cerca de R$ 30 milhões em vendas para países da Europa, América do Norte, Ásia e África.

Ao todo, como publicou a coluna Grande Angular, foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva nos estados do Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Também foram cumpridas medidas cautelares com Estados Unidos, Bélgica, Inglaterra e Emirados Árabes Unidos, com cooperação policial e jurídica internacionais.

De acordo com a PF, a organização criminosa internacional era especializada na exploração, intermediação, comércio e exportação ilegal de pedras preciosas. “As investigações se iniciaram no segundo semestre de 2020, quando informações recebidas pela Unidade de Inteligência da Polícia Federal, em Piracicaba, apontaram para a existência de uma organização criminosa que atuaria na extração mineral irregular, receptação qualificada e contrabando de pedras preciosas”, informou o órgão.

Terras indígenas e áreas ambientais

Ao Fantástico deste domingo (30/4), agentes da PF informaram que os diamantes eram extraídos de áreas de proteção ambiental e de terras indígenas, sem a autorização de lavra do material. A investigação começou em 2015, quando um dos membros da organização criminosa foi detido com diamantes ao embarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU) com destino a Dubai, nos Emirados Árabes.

Os diamantes transportados pelo homem foram avaliados em R$ 350 mil, mas sem a devida documentação fiscal. Cinco anos depois, a Receita Federal apreendeu barras de ouro enviadas pela mesma organização, com destino aos Estados Unidos. O caso aconteceu em Minas Gerais. No país norte-americano, outros membros foram presos com 40 diamantes brutos.

Exterior

Além dos EUA, foram identificadas negociações envolvendo fornecedores, clientes e instituições bancárias da África do Sul, Bélgica, Canadá, China, Cingapura, Emirados Árabes, Espanha, Estados Unidos, França, Gana, Inglaterra, Namíbia, Serra Leoa e Suíça.

De acordo com a investigação da PF, o método utilizado pelos criminosos envolvia a abertura de empresas para enganar os órgãos de fiscalização com notas fiscais falsas e a cooptação de negócios legítimos do Cadastro Nacional de Comércio de Diamantes Brutos (CNCD), como forma de emitir documentos falsos e enviar as joias para fora do Brasil.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • JWPLAYER

    <div style=”position:relative;overflow:hidden;padding-bottom:56.25%”><iframe src=”https://cdn.jwplayer.com/players/yuagbah7-UoHZWlYw.html” width=”100%” height=”100%” frameborder=”0″ scrolling=”auto” title=”CBMDF combate queimada em mata próxima a Papuda.mp4″ style=”position:absolute;” allowfullscreen></iframe></div> Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Faça uma […]

  • JWPLAYER

    Aqui vai o embed: Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar