O pai do adolescente suspeito de matar a cigana Hyara Flor, de 14 anos, gravou um vídeo e alegou que o tiro que matou a jovem foi efetuado de forma acidental, pelo filho mais novo dele. O principal suspeito do caso, outro adolescente de 14 anos, que era marido da vítima, foi apreendido nessa quarta-feira (26/7) pela Polícia Federal. Ele deve ficar detido por 45 dias.
“Ele não tem nada a ver com esse caso, não, gente. A perícia tem que mostrar a verdade para a Polícia Federal. O fato que aconteceu foi JD (iniciais do nome do adolescente), que é meu filho e cunhado de Hyara, brincando com a arma e teve um disparo acidental”, disse o pai do suspeito.
Versão contrária
O homem diz no vídeo que acredita que a versão apresentada por ele será provada. “Eu amo a minha nora Hyara, era como se fosse minha filha. Estão jogando para o lado errado, pessoal, vocês têm que ouvir minha versão e a Justiça vai mostrar a verdade para vocês”, disse.
Apreensão
O adolescente suspeito de ter assassinado a cigana, na cidade de Guarantinga, região de Porto Seguro, Bahia, foi apreendido nessa quarta-feira (26/7). O adolescente foi detido no Espírito Santo e deve ser levado à cidade de Vila Velha. O crime ocorreu em 6 de julho.
Ele era marido da vítima. Hyara foi atingida por um disparo de tiro de arma de fogo, chegou a ser encaminhada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Vingança
Hyara e o adolescente se casaram em 20 de maio, com a autorização das famílias, que seguem a tradição cigana. Após o matrimônio, eles se mudaram para uma casa ao lado da residência dos pais do rapaz, local do crime.
A família da vítima acredita que Hyara tenha sido morta pelo marido, a mando do pai dele, motivado por vingança. A causa seria um suposto relacionamento extraconjugal entre a mãe do jovem e um tio de Hyara, que confirmou o caso. A defesa da família da adolescente diz que ela foi vítima de feminicídio.
O pai de Hyara, Hiago Alves da Silva, acredita que o crime tenha sido premeditado. “Por que um rapaz de 14 anos teria uma arma daquele poder dentro de casa, para quê?”, questionou.