Gleisi pede punição e regulamentação de redes por planos contra Moraes

Ministro do STF, Alexandre de Moraes revelou em entrevista planos para prendê-lo e enforcá-lo no 8 de Janeiro

atualizado 04/01/2024 14:08

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Imagem colorida da deputada federal e presidente do PT Gleisi Hoffmann - metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), reagiu nesta quinta-feira (4/1) às ameaças que teriam sido direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A parlamentar pediu a punição de responsáveis civis ou militares, além da regulamentação das redes sociais e o combate às fake news.

O magistrado revelou planos de golpistas em relação a ele, que seriam executados no 8 de Janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

“O terceiro [plano] defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, contou o ministro Alexandre de Moraes, em entrevista ao jornal O Globo.

Os outros dois planos consistiam em o magistrado ser preso pelas Forças Especiais do Exército e levado para Goiânia (GO), e um homicídio. O ministro ainda chegou a falar de se livrarem do corpo.

Gleisi definiu as revelações como “gravíssimas”. “A entrevista do ministro expõe cruamente a natureza do bolsonarismo e seus comparsas fascistas”, destacou a deputada nas redes sociais.

“Com essa gente não se brinca. Têm de ser responsabilizados por seus atos e punidos. A liberdade que pregam só vale para eles; para oprimir os vulneráveis, para impor sua vontade à força, para calar e até matar quem pensa diferente”, continua.

Moraes relembra do dia 8/1

Na entrevista, Moraes lembra que estava em Paris naquele dia. O filho mostrou para ele imagens da invasão e o ministro, imediatamente, ligou para Flávio Dino, ministro da Justiça, perguntando como aquilo tinha acontecido, se estava proibida a entrada de manifestantes na Esplanada.

E lembrou que o problema começou ao deixarem os radicais se reunirem em frente a quartéis-generais. “Foi um erro muito grande das autoridades deixar, durante o ano passado, aquelas pessoas permanecerem na frente dos quartéis. Isso é crime e agora não há mais dúvida disso. O Supremo Tribunal Federal recebeu mais de 1.200 denúncias contra quem estava acampado pedindo golpe militar, tortura e perseguição de adversários políticos”, apontou.

O ministro acredita que, como a posse de Lula foi tranquila, as autoridades ficaram “otimistas”. “O grande erro doloso foi permitir a entrada (dos golpistas) na Esplanada dos Ministérios. O 8 de Janeiro foi o ápice do movimento: a tentativa final de se reverter o resultado legítimo das urnas”, opinou.

Moraes diz que foi um acerto do governo federal não decretar o plano de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Ele argumenta que, durante as investigações e interrogatórios sobre o assunto, financiadores e participantes tinham o plano de invadir o Congresso e ficar lá até que uma GLO fosse estabelecida e o Exército fosse tirá-los. Então, tentariam convencer os militares pelo golpe.

“O que mostra o acerto em não se decretar a GLO, porque isso poderia gerar uma confusão maior, e sim a intervenção federal. Não que o Exército fosse aderir, pois em nenhum momento a instituição flertou [com a ideia]”, analisa

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