Flávio Bolsonaro ironiza ex-GSI Gonçalves Dias na CPI: “Transministro”

Senador questionou fato de que o ex-chefe do GSI teria dito não ser o destinatário ideal para o envio de mensagens de alerta sobre o 8/1

atualizado 01/08/2023 17:34

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Foto colorida do deputado Sérgio Moro - Metrópoles Hugo Barreto/ Metrópoles

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou Marco Edson Gonçalves Dias, o GDias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), de “transministro”. A declaração foi dada nesta terça-feira (1º/8) durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

“Quer dizer, a pessoa que é responsável pela segurança do Palácio do Planalto diz que não se sente o destinatário final correto para as mensagens, para os alertas que a própria Abin enviava para ele… é o ‘transministro’, não é assim que fala? Quem se acha ministro, mas não é. Um negócio desse, transministro”, ironizou.

O parlamentar se referiu, na verdade, a uma declaração do ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha, que depôs nesta terça à CPMI. Cunha afirmou que Gonçalves Dias foi alertado pelo WhatsApp sobre os possíveis ataques antidemocráticos em Brasília.

Segundo o ex-diretor, que estava à frente da pasta quando os atos ocorreram, o general recebeu os alertas por meio de uma planilha, mas pediu para que seu nome fosse retirado, pois não seria o “destinatário final”.

“[Eu] Fiz os dois relatórios. O primeiro numa planilha que continha os alertas encaminhados pela Abin a grupos e continha também os alertas encaminhados por mim pessoalmente, do meu telefone, ao ministro-chefe do GSI [GDias]. Entreguei essa planilha ao ministro, e ele determinou que fosse retirado o nome dele dali, porque não era o destinatário oficial daquelas mensagens. Que ali fosse mantido apenas as mensagens encaminhadas para os grupos de WhatsApp. Ele determinou que fosse feito, eu obedeci a ordem”, disse Saulo Cunha a deputados e senadores.

“Não houve da minha parte interesse em esconder informação, tanto que apresentei ao ministro. Cabe ao ministro decidir se encaminha ou não aquela informação. Da parte da Abin, não houve nenhuma iniciativa em esconder que o ministro recebeu informações. E ele recebeu essas informações de mim”, reafirmou o ex-diretor da Abin.

As mudanças nos documentos resultaram em dois relatórios com diferentes destinatários: um com o nome de Gonçalves Dias e outro sem o nome do general.

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