A foto que gerou a fúria da esquerda nesta semana não passou despercebida na Câmara dos Deputados. Duas figuras até então de ideais antagônicos, os deputados Washington Quaquá (RJ), vice-presidente nacional do PT, e Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, apareceram abraçados em uma foto publicada por Quaquá em suas redes sociais.
A reunião que gerou a referida foto também contou com a presença de parlamentares do PT e do PSol. Pazuello não evitou contato com ninguém. Pelo contrário, ficou tentando “bater papo” com os deputados, como Glauber Braga (PSol-RJ), que, por sua vez, “fugia” de Pazuello para evitar qualquer proximidade.
Na Câmara, Pazuello não tem adotado críticas duras ao governo Lula e evita falar de ministros, como fazem outros colegas. Enquanto bolsonaristas como Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP) e Carlos Jordy (PL-RJ) adotam oposição extrema, o ex-ministro da Saúde prefere outro caminho. Nem sobre a ministra do Turismo, Daniella do Waguinho, envolvida em escândalos neste início de governo, ele tem comentado.
O deputado prefere dizer que a Câmara não é ambiente para clima de “Fla-Flu”; que a Casa é um lugar de diálogo e de respeito às diferenças.
