Ex-apoiador, Sabino agora admite práticas não republicanas da Lava Jato

Em 2019, o novo ministro de Lula afirmou que a operação Lava Jato era de “suma importância” para o Brasil

atualizado 19/07/2023 22:03

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Em 2019, o novo ministro do Turismo de Lula, Celso Sabino (União Brasil-Pará), chegou dizer que a operação Lava Jato era de “suma importância” para o Brasil. A avaliação de Sabino, no entanto, mudou. Em entrevista ao Metrópoles, nesta quarta-feira (19/7), ele afirmou que, à época, os brasileiros acreditavam que a ação tratava de uma “coisa republicana”.

Enquanto deputado federal, Sabino protocolou uma indicação do então presidente Jair Bolsonaro sugerindo um destino para os recursos recuperados pela operação. Na época, o titular do Ministério da Justiça era, justamente, o ex-juiz da Operação, Sergio Moro.

“Naquele momento [da operação], a ampla maioria dos atores políticos, a imprensa, colocava isso como sendo realmente uma defesa das instituições, um combate à corrupção. As informações que tínhamos até o momento eram de que as ações da Polícia Federal, do Ministério Público Federal eram uma coisa republicana. Isso mobilizou milhares de pessoas no Brasil inteiro que foram para rua. Então, assim como eu, várias outras pessoas se manifestaram nessa direção [favorável].”, disse.

Com os desdobramentos, porém, o ministro afirma que, de fato, houve práticas “não republicanas” e que “extrapolavam o Direito”.

“O que a gente tem observado agora, são decisões reiteradas da Justiça, reanalisando o que aconteceu na Lava Jato. Surgiram novos depoimentos, surgiram informações de que houve realmente práticas ali que não são republicanas e que extrapolavam o Direito”, ressaltou.

“Suma importância”

Em 2019, Sabino defendeu que o dinheiro recuperado pela Lava Jato deveria ir para a compra de equipamentos para as polícias Civil, Militar e Federal, “especialmente” do Pará, seu reduto eleitoral, e disse que a Lava Jato é de “suma importância para o Brasil”.

“A Operação Lava-Jato é de suma importância para o Brasil. Não somente pela grande monta de recursos recuperados aos cofres públicos, como também pela gerada ou renovada sensação e Justiça”, disse o parlamentar na justificativa.

A indicação foi protocolada em março de 2019, quando Lula ainda estava preso. Em novembro, o hoje presidente da República foi solto após decisão do STF que reviu a constitucionalidade da prisão em 2ª instância.

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