Ex-ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fizeram “movimentações financeiras atípicas”, segundo informações de relatórios do Comitê de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Os valores chegam a quase R$ 12 milhões no período de um ano e meio.
O Coaf analisou as transações de seis assessores do ex-presidente no período entre janeiro de 2022 e maio de 2023. Os relatórios foram entregues à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro. A informação é do blog da Camila Bomfim, do G1.
No total, foram movimentados R$ 11.877.775 no período analisado pelo Coaf. O tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, “braço-direito” do então presidente Bolsonaro, foi responsável por metade do valor — R$ 6,7 milhões.
Confira as movimentações indicadas pelo Coaf:
- Mauro César Barbosa Cid – R$ 6.723.780
- Luis Marcos dos Reis – R$ 3.341.779
- Luiz Antonio Gonçalves de Oliveira – R$ 582.666
- Osmar Crivelatti – R$ 508.224
- Jairo Moreira da Silva – R$ 453.295
- Adriano Alves Teperino – R$ 268.031
As movimentações recebem classificação de “atípicas”, porque os valores transferidos são incompatíveis com o patrimônio dos ex-ajudantes de Bolsonaro, de acordo com o relatório do Coaf.
Nessa segunda-feira (14/8), o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o sargento do Exército Luis Marcos dos Reis movimentou R$ 3,34 milhões entre 1° de fevereiro de 2022 e 8 de maio deste ano. A informação foi confirmada pelo Metrópoles.
De acordo com o Coaf, os repasses de recursos de Reis para Cid têm fortes indícios de lavagem de dinheiro e são incompatíveis com a renda do sargento.
