Três meses antes de ser encontrada morta em Espírito Santo, a enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, grávida de oito meses, registrou um boletim de ocorrência onde relata ter sido vítima de agressões e solicitou uma medida protetiva contra o ex-namorado, Cleilton Santana dos Santos, 27, principal suspeito do assassinato da jovem.
No BO, feito em 5 de outubro de 2023, consta que, na época do registro, o casal namorava havia cinco meses, e a enfermeira estava grávida de 15 semanas. A informação foi confirmada pelo Metrópoles com a Polícia Civil (PC).
De acordo com o documento, durante uma conversa, Cleilton aplicou o golpe chamado de “mata-leão” em Íris, provocando o desmaio da mulher. Ao recobrar a consciência, a enfermeira estava com o nariz sangrando e tossindo.
O boletim ainda informa que o então namorado teria dado banho nela e depois saiu de casa para trabalhar. Depois de contar para uma colega o episódio da agressão, Íris foi incentivada a registrar uma queixa contra Cleilton. Além disso, ela solicitou medida protetiva.
Suspeito registrou BO
Também em 5 de outubro do ano passado, Cleilton registrou um boletim de ocorrência contra Íris. No BO, ele disse que namorou com a enfermeira por seis meses, e o casal terminou devido ao comportamento destemperado da vítima.
Segundo o homem, Íris teria dito que havia feito um boletim de ocorrência contra ele, mas, caso os dois reatassem, retiraria a denúncia. Ainda no documento, Cleilton afirma que a queixa da enfermeira era caluniosa.
Entenda o caso
O corpo da Íris Rocha foi encontrado às margens de uma estrada rural do município Alfredo Chaves, no Espírito Santo, na última segunda-feira (15/1).
Ela foi morta a tiros no último dia 11. Segundo perícia da Polícia Civil, a enfermeira foi atingida por pelo menos dois disparos na região do tórax. Além disso, o corpo da vítima foi encontrado coberto de cal.
Nessa quinta (18/1), a polícia prendeu o principal suspeito do caso, Cleilton Santana dos Santos, ex-namorado de Íris.
A enfermeira era mãe de um menino de 8 anos e estava grávida de oito meses. A mulher morava no bairro de Jacaraípe, na cidade de Serra (ES).
