A primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocorre na tarde deste domingo (5/11). Em Brasília, milhares de estudantes se preparam para o momento da prova, que é a principal forma forma de ingresso nas universidades públicas do país.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), são 3,9 milhões de candidatos inscritos para fazer a avaliação. Um deles é Lucas Anderson, de 26 anos, que deseja cursar Medicina: “A gente tenta buscar um sonho antigo, que por motivos de vida mesmo, financeiros, foi atrasado. Agora, é tentar realizar com outro posicionamento, outra visão”.
Durante a infância, Lucas enfrentou uma série de problemas de saúde e passou muitas horas dentro de hospitais. O participante conseguiu superar as dificuldades e esperar conseguir ajudar as pessoas que passaram por experiências parecidas.
Para isso, estava inscrito em um cursinho e dedicou mais de oito horas de estudo por dia nas últimas semanas de preparação. “O segundo dia para mim é o melhor dia. Hoje é mais tenso para mim porque sou bom em exatas”, afirma.
Neste domingo, os alunos têm pela frente as provas de ciências humanas, linguagens e redação. São 45 questões objetivas para cada avaliação, além da redação. Dentro da prova de linguagens, o participante deverá responder questões de língua estrangeira: inglês ou espanhol.
Os portões dos locais de prova abriram às 12h e vão fechar às 13h. As provas, de fato, começam às 13h30 e se encerram às 19h, no horário de Brasília. Os estudantes terão até cinco horas e trinta minutos para resolver as questões.
Do lado de fora no campus do Ceub, na Asa Norte, um dos vários locais de prova na capital federal, alguns pais esperam para certificar que está tudo com os filhos que vão fazer o Enem. Marcos e Neuciane observam a entrada da filha Juliana Almeida, de 17 anos, que também pretende estudar Medicina.
“É um momento de transição. Essa expectativa da saída de casa, ela conquistar o sonho dela, né? Pra gente também fica aquela ansiedade do ninho vazio, mas é seguir a sequência natural da vida. É o que a gente espera que não se altere”, diz Marcos.
No 2º ano do ensino médio, Clara Boeng, 16, vai fazer a prova pela segunda vez como um treinamento para se preparar para 2024. “Ano passado foi a primeira experiência, eu estava mais nervosa, mas agora eu já sei uma parte do conteúdo, então eu estou fazendo mais para tentar ver como é que eu estou nos conteúdos que já vi também”, indica a menina, que é aluna do Marista.
Com uma garrafa de água e barrinhas de cereal, Clara veio acompanhada da mãe, Raquel Boeng, que é professora e a ajuda nos estudos. “Eu acho que a redação é uma parte que eu tenho mais facilidade e o meu maior problema é a questão do tempo e do cansaço. A gente não tem muito tempo para respirar durante a prova e sair de lá quase morto”, acredita a jovem.
Apesar de não ter uma faculdade específica em mente, Davi Braga, 17, quer se tornar um advogado. Para garantir um bom desempenho hoje, ele descansou nos últimos dias e deu uma básica revisada nos principais tópicos da avaliação do Enem. Com isso, o rapaz diz que está tranquilo e confiante: “Sempre tive vontade de fazer Direito. Fazer esta prova é um momento de transformação, mudança de vida. Você passa de adolescente para adulto”.
As provas de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias serão aplicadas no próximo domingo, 12 de novembro. A divulgação do gabarito do Enem está prevista para 24 de novembro, com resultados oficiais em 16 de janeiro de 2024.
