Embaixador: brasileiros só sairão de Gaza após passagem de ambulâncias

Brasileiros que estão na Faixa de Gaza têm autorização para partir, mas sua saída é retardada pela preferência por ambulâncias com feridos

atualizado 10/11/2023 14:22

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Imagem colorida mostra Palestinos aguardam nome ser chamado para sair de Gaza e entrar no Egito - Metrópoles Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

Os brasileiros que aguardam a repatriação na Faixa e Gaza estão teoricamente autorizados a seguir viagem, já que seus nomes aparecem na lista desta sexta-feira (10/11). Mas terão que esperar um pouco mais até chegarem ao Egito, de onde serão repatriados. A passagem de Rafah, entre Egito e Gaza, ainda não foi aberta. A pendência para a abertura da fronteira é a autorização para que ambulâncias passem primeiro com os feridos, segundo explica o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, nesta sexta-feira (10/11), ao Metrópoles.

“[Há] Notícias de forte presença militar israelense e combates ao redor de hospitais, o que impede ou dificulta a saída de ambulâncias”, diz Candeas. “Se as ambulâncias puderem sair amanhã, os estrangeiros também sairão, inclusive nossos brasileiros”, completa.

Nesta sexta, apenas cinco pessoas tiveram a passagem permitida no posto em Rafah. De acordo com o embaixador, dezenas estão retidas no norte da Faixa de Gaza. Candeas destacou, no entanto, que toda a diplomacia local está mobilizada para a repatriação dos estrangeiros em Gaza. “Estamos todos mobilizados. Assim que sair a notícia da abertura da fronteira, levaremos em poucos minutos todos de novo para lá. Do lado egípcio, nossa Embaixada no Cairo também está com tudo pronto”, assegurou.

Já o ministro das Relações Exteriores (MRE), Mauro Vieira, disse que esperar a autorização para a saída dos brasileiros “o mais rápido possível”, mas não estipoulou uma data de quando isso ocorreria.

“A situação de Gaza não me permite dizer se será hoje, amanhã ou quando, são números e questões que dificultam a abertura. O governo brasileiro tem mantido contato com as autoridades, sempre examinando a possibilidade da libertação dos brasileiros no menor tempo possível”, disse.

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Além da migração, há o recebimento de material de ajuda humanitária em Gaza

Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
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Migração de palestinos acontece por causa de bombardeios e ataques israelenses ao norte de Gaza

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Palestinos em Gaza, que estão expostos ao intenso bombardeio israelense, migram para as partes sul e central

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Hasan Rabee registrou momento em que grupo chegou ao portão de Rafah

Instagram/Reprodução
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Hasan Rabee na fronteira de Gaza com o Egito

Instagram/Reprodução

Esquema de repatriação

Os brasileiros sairiam da região de Gaza nesta sexta, após serem autorizados a cruzar a fronteira por meio da passagem de Rafah. Então, embarcariam em um avião presidencial, fornecido pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Havia a expectativa de que decolassem da região neste sábado (11/11), do aeroporto de Al Arish, mais próximo da Faixa de Gaza, e não do Cairo, no Egito. Então, seriam recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo (12/11).

Os brasileiros já estariam na lista de autorizados, divulgada nessa quinta-feira (9/11). Contudo, a passagem não foi autorizada, já que o posto sequer chegou a ser aberto, de acordo com o ministro Mauro Vieira. A declaração ocorreu em uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta.

O grupo estava em frente ao posto na fronteira, conforme fotos do brasileiro Hasan Rabee nas redes sociais. “Já estamos na fronteira esperando a abertura para seguir viagem”, escreve Rabee. “Mais difícil na minha vida é deixar minha mãe e duas irmãs para viajar, e elas estão sem condições de vida”, compartilha ele.

Segunda lista

Rabee, inclusive, mostrou expectativa pela elaboração de uma segunda lista de brasileiros a serem repatriados, como se tivesse sido algo prometido pelo presidente Lula. “Espero que essa segunda lista de familiares saia logo, como prometeu o presidente”, declarou nas redes sociais, em um vídeo que abraça a mãe.

Porém, Rabee preferiu não esperar em Rafah. Segundo Alessandro Candeas, ele preferiu voltar para Khan Younes, cidade palestina situada no sul da Faixa de Gaza.

Já foram sete listas de estrangeiros autorizados a deixar Gaza. Os governos estrangeiros dizem que há em Gaza cidadãos de 44 países, bem como trabalhadores de 28 agências, incluindo organismos da ONU. Esses estrangeiros somariam cerca de 7,5 mil pessoas em Gaza. O Egito estima que 500 pessoas cruzem a fronteira diariamente.

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