O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, na manhã desta quarta-feira (10/1) no Palácio da Alvorada, em meio à crise no Equador. O governo federal investiga denúncia de sequestro de um brasileiro no país vizinho.
O encontro desta manhã não consta na agenda oficial do presidente, mas já estava marcado antes do episódio mais recente da crise em território equatoriano, segundo fontes do Itamaraty. Vieira foi convidado a acompanhar um telefonema entre Lula e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida.
Durante a ligação, os líderes debateram a promoção da paz, o aprofundamento das relações bilaterais e agendas ligadas ao combate à mudanças climáticas. O presidente brasileiro também prestou solidariedade às vítimas do terremoto no Japão, em 1º de janeiro.
Vieira chegou na residência oficial de Lula por volta de 7h50 e ficou lá até quase 10h, acompanhado do assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim.
Ainda nesta manhã, Lula se reúne com o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben. O representante diplomático chegou ao Planalto por volta das 9h40.
Crise no Equador
O Equador iniciou a semana imerso em uma onda de violência, após o presidente Daniel Noboa decretar estado de exceção, na última segunda (8/1). A medida tem relação com a fuga de José Adolfo Macías Villamar, 44 anos, conhecido como Fito, líder da gangue Los Choneros, a mais poderosa do país, no domingo (7/1).
Criminosos fortemente armados invadiram a transmissão de um programa jornalístico no Equador, também nessa terça. A cena registrada na cidade de Guayaquil, além de simbolizar a onda de terror que o país enfrenta nos últimos dias, evidenciou a guerra travada entre as autoridades e o crime organizado associado ao tráfico de drogas.
O Itamaraty acompanha ainda a denúncia de que um brasileiro teria sido sequestrado nessa terça-feira (9/1), segundo relato de familiares. Identificado como Thiago Allan Freitas, de 38 anos, o homem era dono de uma churrascaria em Guayaquil.
Entre ontem e hoje, 10 pessoas morreram e outras 70 foram presas, segundo autoridades equatorianas.
