Eliziane Gama afirma que Torres mentiu durante depoimento em CPI

Anderson Torres depôs à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito nessa terça-feira (9/8) sobre participação no 8 de janeiro

atualizado 09/08/2023 10:55

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A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama, durante a aprovação do plano de trabalho da comissão Geraldo Magela/Agência Senado

A senadora Eliziane Gama (PSD), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, afirmou que o ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, mentiu durante seu depoimento à comissão.

Segundo ela, no depoimento dele há “claramente” várias inconsistências. “Há mentiras proferidas por ele. Eu cheguei a colocar isso durante os trabalhos da comissão”, declarou durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (9/8).

“Ontem, em algum momento, Anderson Torres disse que ele não tinha nenhum conhecimento da chamada minuta do golpe e depois ele disse que leu e recebeu e teve conhecimento. Então, ele se contradisse durante o processo de oitiva”, continuou.

Torres iniciou a sessão se defendendo de acusações em relação à minuta do golpe e à possível influência nos atos antidemocráticos de 8/1. “Em 10 de janeiro, durante uma busca e apreensão em minha casa, a polícia encontrou um texto apócrifo, sem data, uma fantasiosa minuta que vai para a coleção de absurdos, que, constantemente, chegam aos detentores de cargos públicos. Vários documentos vinham de diversas fontes para que fossem submetidos ao ministro”, afirmou.

“Um desses documentos é um texto chamado de minuta do golpe. Basta uma breve leitura para que perceba ser imprestável para qualquer fim. Uma verdadeira aberração jurídica. Esse papel não foi para o lixo por mero discuido. Não sei quem entregou esse documento apócrifo e desconheço as circunstâncias em que foi produzido. Sequer cogitei encaminhar ou mostrar para alguém”, acrescentou.

Depoimento de Delgatti

Durante a coletiva, Eliziane afirmou que a oitiva de Walter Delgatti, conhecido como “hacker da Vaza Jato”, não está confirmada. A razão seria o trâmite de transporte de Delgatti, que está detido na Polícia Federal em Araraquara (SP).

Seu depoimento está previsto para esta quinta-feira (10/8). Quatro pedidos para ouvir Delgatti foram apresentados ao colegiado após operação da Polícia Federal (PF).

Delgatti está preso preventivamente desde quarta-feira (2/8), quando a PF deflagrou operação que investiga a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

Segundo Carla Zambelli (PL), que também foi alvo da operação, Delgatti se encontrou com o então presidente, Jair Bolsonaro (PL), em 2022. “Ele [Delgatti] se ofereceu para participar de uma espécie de auditoria no primeiro e segundo turno das eleições. Ele encontrou Bolsonaro, que perguntou se as urnas eram confiáveis. Nunca mais houve contato entre eles”, disse Zambelli.

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