PIB em 1,91% e inflação em alta: novas projeções do governo para 2023

Governo aumentou projeção para o crescimento do PIB, mas piorou a estimativa para a inflação, que deverá estourar o teto da meta

atualizado 22/05/2023 15:27

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Fotografia colorida de cesta de vegetais vendidos na feira do Guará Rafaela Felicciano/Metrópoles

Segundo relatório de avaliação de receitas e despesas primárias do segundo bimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2023 deverá registrar um crescimento de 1,91%. A projeção é maior que a prevista pelo governo federal no primeiro relatório anual, quando era de 1,61%.

A nova projeção foi divulgada nesta segunda-feira (22/5) pelos ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já vinha estimando que a expansão da economia em 2023 ficará entre 1,8% e 2%.

Prévia do PIB recua 0,15% em março, mas vem melhor que o esperado

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC), considerado uma prévia do PIB do país, registrou queda de 0,15% em março deste ano, na comparação com fevereiro, de acordo com dados divulgados na última sexta-feira (19/5).

No acumulado de 12 meses até março, a alta foi de 3,31%.

Projeções do mercado

Nesta segunda, analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) no Relatório Focus indicaram que o PIB deve ter crescimento de 1,20% neste ano, acima da projeção da semana anterior (1,02%).

Ao ser questionado por jornalistas, nesta segunda, sobre o maior otimismo do governo em relação aos números do mercado, Haddad respondeu:

“O Focus vai ficando otimista ao longo do ano, passou de 1,0% para 1,2%, de 0,9% para 1,0%, vai crescendo. Você poderia, por exemplo, consultar as projeções do Bradesco, que já estão em 1,8%, do Itaú, que já estão em 1,4%. O Focus é uma pesquisa, mas tem muita gente fazendo conta. Aqui nossa equipe é de técnicos de carreira, não tem questão política, eles fazem com base em projeção técnica, tem um sistema de projeção que eles seguem de muito tempo”, disse Haddad.

“Eu acho que nós estamos mais próximos dos números mais otimistas da economia, entendeu? Mas enfim, economia às vezes surpreende para bem, às vezes não, mas eu penso que nós vamos ter uma convergência de números ao longo do ano”, concluiu o ministro.

Inflação

O relatório bimestral ainda trouxe uma piora na projeção para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): de 5,31%, para 5,5%.

Se a previsão oficial for confirmada, a inflação deverá terminar o ano acima do teto da meta.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% (piso) e 4,75% (teto).

O novo valor do governo se aproximou do que é projetado pelos agentes financeiros. De acordo com o Boletim Focus, o IPCA deve terminar este ano em 5,8% – a projeção da semana passada era de 6,03%.

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