Após reunião com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, na tarde desta quarta-feira (12/4), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou que busca democratizar o pagamento de bônus para servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na análise de processos extras com suspeita de irregularidade ou atraso.
“Nós viemos trazer um pouco o panorama, essa realidade, reivindicar algumas necessidades mais imediatas, principalmente a questão do bônus, dos projetos que já estamos desenvolvendo para perícia médica, para ações imediatas. Ela [Tebet] foi muito receptiva, falou para a gente voltar a conversar, como já estamos fazendo, com a área da gestão. E acho que nos próximos dias vamos ter uma solução”, disse Lupi a jornalistas no final da reunião.
“Nós já estamos trabalhando nele [bônus] há algum tempo. Ele estava muito mal feito, é a verdade. Você tinha alguns funcionários chegando a ganhar R$ 10 mil de bônus e a grande esmagadora maioria, 70%, 80% ganhando R$ 2 mil, R$ 2,5 mil. Então, você concentrava um grande volume de recurso em um núcleo muito pequeno”, prosseguiu.
Na sequência, o ministro disse que a ideia é democratizar o pagamento e beneficiar conforme a produtividade: “Nós estamos democratizando isso, estamos vendo novos métodos que beneficiem aqueles que produzem mais, sem desenvolver a cultura de negação, mas do que é justo”.
De acordo com Lupi, a pasta revê os critérios para pagamento do bônus, não o valor do benefício. A expectativa é que a nova formulação saia ainda em abril. “Ainda está na fase final de conclusão desse processo. Não pode ter uma minoria ganhando muito e uma maioria ganhando pouco, é equilibrar esse processo. A minha expectativa é que ainda saia este mês.”
Bônus a cada processo
Com o objetivo de reduzir as filas na concessão de benefícios, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) definiu o pagamento de um bônus de R$ 57,50 para cada processo previdenciário extra analisado pelos funcionários do INSS.
Os adicionais eram remunerados com esse bônus, que vigorou até dezembro do ano passado.
Medida semelhante havia sido adotada pelo governo anterior, de Michel Temer (MDB), cujo objetivo era impulsionar a força-tarefa para fazer um pente-fino nos benefícios previdenciários e assistenciais.
Desde que assumiu o comando do ministério, Carlos Lupi tem falado em reativar o bônus, mas ainda não foi apresentada uma proposta concreta. Há previsão orçamentária para isso.
