O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta segunda-feira (22/5), que os números projetados para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2023 deverão convergir ao longo do ano.
Nesta segunda, analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) no Relatório Focus indicaram que o PIB deve ter crescimento de 1,20% neste ano, acima da projeção da semana anterior (1,02%).
Já para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira caiu de 1,38% para 1,3%. Em 2025, a estimativa foi mantida em 1,70%. A Fazenda, por sua vez, estima que o crescimento da economia fique em torno de 1,9% neste ano.
Ao ser questionado sobre a divergência nos números e o maior otimismo do governo, Haddad respondeu:
“O Focus vai ficando otimista ao longo do ano, passou de 1,0% para 1,2%, de 0,9% para 1,0%, vai crescendo. Você poderia, por exemplo, consultar as projeções do Bradesco, que já estão em 1,8%, do Itaú, que já estão em 1,4%. O Focus é uma pesquisa, mas tem muita gente fazendo conta. Aqui nossa equipe é de técnicos de carreira, não tem questão política, eles fazem com base em projeção técnica, tem um sistema de projeção que eles seguem de muito tempo”, disse Haddad.
“Eu acho que nós estamos mais próximos dos números mais otimistas da economia, entendeu? Mas enfim, economia às vezes surpreende para bem, às vezes não, mas eu penso que nós vamos ter uma convergência de números ao longo do ano”, concluiu o ministro.
A última projeção da Secretaria de Política Econômica (SPE), órgão do Ministério da Fazenda, é uma expansão da economia em 2023 de 1,9% – ante 1,6% projetado anteriormente.
Segundo Haddad, há condições de fechar o ano entre 1,8% e 2%.
Inflação
No fim da semana passada, Haddad afirmou que a inflação “vai surpreender para menos”. “Nós estamos com uma inflação projetada em torno de 5,6%”, indicou.
O Relatório Focus desta semana trouxe uma redução na projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país: de 6,03% para 5,8%.
Os economistas ouvidos pelo BC também reduziram a estimativa de inflação para 2024, de 4,15% para 4,13%. Para 2025, a projeção foi mantida em 4%.
