Focus: projeção para a inflação em 2023 chega a 5,74%

Expectativa de inflação subiu. Selic continua travada em 13,75% ao ano, mas expectativa é de queda para 12,50% ao ano em 2023, aponta Focus

atualizado 30/01/2023 9:40

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vista aérea do Banco Central em Brasília Igo Estrela/Metrópoles

O mercado financeiro elevou, pela sétima semana consecutiva, a estimativa de inflação para 2023. É o que mostra a edição desta segunda-feira (30/1) do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC).

De acordo com o documento, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,74% – a projeção da semana passada era de 5,48%.

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ela será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

Os economistas ouvidos pelo BC também aumentaram a estimativa de inflação para 2024, de 3,84% para 3,90%, e mantiveram a de 2025 em 3,50%.

O Brasil fechou o ano de 2022 com a inflação acumulada em 5,79%, acima da meta do governo federal pelo segundo ano consecutivo.

Selic

Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro subiu a estimativa para 2023. Foi de 12,25% para 12,50% ao ano. Para 2024, a projeção se manteve em 9,50% ao ano. A estimativa de 2025 subiu de 8,25% para 8,50% ao ano.

Apesar da queda na inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve, no início de dezembro do ano passado, a Selic travada em 13,75% ao ano – o BC não altera a Selic desde agosto.

A taxa básica de juros segue no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.

A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. Ela é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

PIB e dólar

Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2023 deve ter crescimento de 0,80%, o que representa leve alteração em relação à estimativa anterior, em 0,79%.

Já para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira permaneceu estável em 1,50%. Para 2025, também não houve alteração na projeção de alta de 1,89%.

Enquanto isso, a projeção para o dólar em 2023 ficou em R$ 5,25. Já para 2024, a estimativa continuou em R$ 5,30.

Relatório Focus

O Relatório Focus resume as estatísticas calculadas, considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O boletim sai sempre às segundas-feiras.

O documento traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.

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