Campos Neto defende “equilíbrio” para rotativo do cartão de crédito

Congresso, Fazenda e Banco Central, presidido por Campos Neto, estudam formas de limitar os juros do rotativo do cartão de crédito

atualizado 15/08/2023 14:35

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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, defendeu nesta terça-feira (15/8) a necessidade de se achar um ponto de equilíbrio na questão do rotativo do cartão de crédito, modalidade em que o cliente não paga o valor total da fatura e transfere a dívida para o mês seguinte.

Com juro anual acima de 400%, essa é a modalidade de crédito mais cara do país e vem sendo criticado por parlamentares. Além do Congresso, o Ministério da Fazenda e o Banco Central têm debatido uma solução para reduzir os juros dessa modalidade.

“Precisa achar um equilíbrio. Não fazer nada pode ser muito ruim. Estamos discutindo a solução”, disse Campos Neto em almoço promovido pela Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo (FPE) e representantes do Instituto Unidos Brasil (IUB), em Brasília.

Aos parlamentares da FPE, o presidente da autoridade monetária afirmou que estão sendo debatidos “vários tipos de soluções” e frisou a importância de não prejudicar nenhum elo.

“Não quero entrar no mérito, pois entendo que tem opiniões diferenciadas. Se você simplesmente limitar os juros você corre o risco de ter os bancos retirando os cartões de circulação, por outro lado, a função do parcelado sem juros é muito importante para a economia e consumo.”

Na segunda-feira (14/8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu proteger “quem está caindo” no rotativo do cartão de crédito, mas ponderou que não se pode “perder de vista” o varejo, uma vez que boa parte das compras no país são feitas nesse sistema.

Como funciona

O rotativo do cartão de crédito é uma linha de crédito pré-aprovada no cartão. Ela é acionada por quem não pode pagar o valor total da fatura na data de vencimento.

Em caso de inadimplência do cliente, o banco deve parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma de quitação da dívida, em condições mais vantajosas, em um prazo de 30 dias.

A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo caiu para 437,3% ao ano em junho, de acordo com dados do BC.

No mês anterior, os juros estavam em 455,1%, atingindo o maior patamar desde 2017.

Apesar da queda registrada em junho, os juros do cartão seguem em patamares altíssimos. Há um ano, a taxa estava em 370,4%.

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