O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) suspendeu a licitação de R$ 510 milhões aberta para a instalação de radares eletrônicos em rodovias federais. Empresas concorrentes e a Controladoria-Geral da União (CGU) levantaram suspeitas de sobrepreço e irregularidades no edital. Calcula-se em pelo menos R$ 90 milhões o valor superfaturado, ou seja, 21% acima do valor de mercado, de R$ 420 milhões. As informações são do Uol.
Segundo a reportagem, a contratação é uma das maiores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A intenção é instalar os equipamentos em cerca de 1,5 mil pontos de rodovias em oito estados. A CGU também apontou a previsão de colocação, sem justificativa, de radares em trechos com poucos acidentes.
As suspeitas fizeram com que o Dnit suspendesse, em 12 de abril, o edital. Ao Uol o Dnit informou que vai corrigir os cálculos apontados pela CGU como responsáveis pelo sobrepreço. A concorrência deve ser relançada ainda neste ano.
“O Dnit esclarece que suspendeu o pregão pela grande quantidade de questionamentos e impugnações recebidas. No meio destes, havia também uma solicitação de informação por parte da CGU. Na busca de elucidar todas as dúvidas e refutar as impugnações, verificou-se a necessidade de alguns ajustes no texto do certame que levaram ao cancelamento da licitação”, destacou o órgão.
Além disso, o Dnit ressaltou que “todos os pontos levantados pela CGU foram atendidos” e que “todos os critérios utilizados na construção do pregão foram técnicos, levando em consideração a legislação vigente”.
