Diretor adjunto da Abin, Alessandro Moretti, é exonerado do cargo

A Polícia Federal investiga um suposto grupo que atuava de forma paralela na inteligência da Abin durante a gestão Bolsonaro

atualizado 30/01/2024 21:20

Compartilhar notícia

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou, nesta terça-feira (30/1), Alessandro Moretti do cargo de diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A decisão tinha sido antecipada pela coluna de Paulo Cappelli, no Metrópoles. A exoneração está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça.

O cientista político Marco Cepik, que atualmente comanda a Escola de Inteligência da Abin, será o substituto de Moretti. O novo 02 já da agência foi diretor-executivo do Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV) em Porto Alegre (RS)

A Polícia Federal (PF) investiga um grupo que participava de uma espécie de Abin paralela durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Moretti ocupava o cargo de diretor adjunto da Abin desde março de 2023. Entre 2021 e 2023, ele atuou como diretor de Inteligência Policial e de Tecnologia da Informação da Polícia Federal.

O ex-diretor adjunto da Abin também teve passagens pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, onde trabalhou como secretário-executivo de Anderson Torres, ministro da Justiça de Bolsonaro.

Moretti já estava na Abin na eleição de Lula e foi mantido no órgão em decorrência da sua relação com o diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa.

Abin paralela

A PF averigua a ação de uma organização que atuou de forma paralela na Abin entre julho de 2019 e março de 2022, período que abrange o comando do ex-diretor-geral Alexandre Ramagem.

A investigação é um desdobramento das operações Última Milha e Vigilância Aproximada, que apuram irregularidades no uso do software chamado FirstMile pela Abin.

A plataforma espiã realiza o monitoramento de celulares que utilizam as redes 2G, 3G e 4G. Com a ferramenta, é possível verificar a localização do aparelho. Segundo a PF, ela era usada para vigiar jornalistas, políticos, juízes e advogados.

O ex-presidente Bolsonaro e Alexandre Ramagem negam quaisquer irregularidades.

Carlos Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a operação realizada nessa segunda-feira (29/1) que teve como alvo o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que Carlos fazia parte do núcleo político da Abin paralela. A defesa do político, por outro lado, argumenta que a investigação tem como base apenas trocas de mensagens.

De acordo com investigações da PF, assessores ligados ao vereador solicitaram acesso a inquéritos da PF e da família Bolsonaro.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • JWPLAYER

    <div style=”position:relative;overflow:hidden;padding-bottom:56.25%”><iframe src=”https://cdn.jwplayer.com/players/yuagbah7-UoHZWlYw.html” width=”100%” height=”100%” frameborder=”0″ scrolling=”auto” title=”CBMDF combate queimada em mata próxima a Papuda.mp4″ style=”position:absolute;” allowfullscreen></iframe></div> Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Faça uma […]

  • JWPLAYER

    Aqui vai o embed: Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar
Sair da versão mobile