O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou uma nova fase na retirada dos garimpeiros que exploram ouro ilegalmente na terra indígena Yanomami, em Roraima.
Um efetivo de mais de 500 homens da Polícia Federal, Força Nacional e Forças Armadas será enviado para o estado nesta semana para começar o processo de desintrusão, que é a retirada dos moradores ilegais do território.
Garimpeiros já começaram a deixar a região após o fechamento do espaço aéreo. Dino calcula que há cerca de 15 mil garimpeiros na terra Yanomami e avalia que 80% devem deixar a região antes da chegada das forças de segurança.
“Haverá o afastamento compulsório de quem não saiu nesse período. Isso envolve apreensão de equipamento, destruição de equipamentos, destruição de pistas clandestinas, prisão em flagrante de quem eventualmente ainda ali esteja”, explicou o ministro em coletiva na manhã desta segunda-feira (6/2).
Segurança
O governo Lula também enviou 50 integrantes da Força Nacional para reforçar a segurança em postos de saúde dos indígenas e pontos da Fundação Nacional do Indígena (Funai).
Existe uma preocupação com a reação dos agora ex-garimpeiros, que começam a ir para a área urbana e planejam inclusive manifestações em Boa Vista (RR). Dino tem defendido uma retirada dos garimpeiros sem conflito.
“É uma atuação conjunta visando que tenhamos desocupação em paz, é o que nós desejamos, que não haja conflito e, assim, nós possamos restabelecer a ordem pública e, portanto, restabelecer as condições de sobrevivência e vida digna do povo Yanomami”, disse ainda o ministro.
Integrantes do governo também planejam ações humanitárias para as pessoas que dependiam do garimpo ilegal e poderão ficar em uma situação de vulnerabilidade.
