O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) usou o plenário da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (12/4), para se defender da acusação de assédio contra a deputada Júlia Zanatta (PL-SC). O caso teria ocorrido em sessão da Comissão de Segurança Pública na última terça-feira (11/4).
Imagens divulgadas por Zanatta mostram Márcio Jerry se aproximando de seu pescoço. Nas redes sociais, a deputada relatou: “Nunca dei liberdade para esse deputado e nem sabia qual era o nome dele, mas ele se sentiu livre para chegar por trás de mim. A sorte que alguém pegou a cena absurda! Deputado do Partido Comunista do Brasil do estado do Maranhão, Márcio Jerry”.
A equipe do PL, partido do qual Zanatta faz parte, repudiou o caso e disse que representaria contra Jerry no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.
Na tarde desta quarta, o deputado prestou esclarecimentos e disse que não assediou Júlia Zanatta. Segundo Jerry, ele estava defendendo a colega Lídice da Mata (PSB-BA) de acusações feitas por Zanatta. “Respeite os 40 anos de mandato dela”, afirmou Jerry próximo ao pescoço de Zanatta. O momento foi divulgado pelo próprio deputado nas redes sociais.
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Defesa
Nesta quarta, em discurso no plenário, Jerry disse que foi “acusado levianamente” por Carmen sobre o suposto caso de assédio. O deputado disse que a imagem divulgada por Zanatta mostra apenas um trecho do fato ocorrido.
“Fui acusado levianamente de um ato que teria havido ontem na Comissão de Segurança Pública. Dialoguei ponderando a ela em defesa da também deputada Lídice da Mata. Disse apenas: deputada, respeite a deputada Lídice que tem 40 anos de atuação. Ela prontamente virou e nós continuamos a dialogar, sem que tivesse havido qualquer outro ato”, disse.
O deputado afirmou que tomará as “devidas providências de reparação” sobre o caso, e disse que Zanatta deturpou o fato. Ele também chamou as acusações de “mentira” e “fake news”.
“Quando você vê as imagens, constata, clara e inequivocamente, que não há como caracterizar de maneira alguma aquilo que jamais faria, um ato de assédio contra uma parlamentar ou com qualquer outra mulher”, pontuou.
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