Delação: Cid teria recebido “ordem” de Bolsonaro para vender joias

Em deleção premiada, o tenente-coronel afirma ter recebido uma "determinação" de Bolsonaro para avaliar relógio Rolex e kit de jóias

atualizado 10/11/2023 17:18

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mauro Cid e Bolsonaro durante posse presidencial 2019 no Senado Federal Rafaela Felicciano/Metrópoles

O tenente-coronel Mauro Cid declarou à Polícia Federal, em sua delação premiada, ter recebido uma “determinação” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para avaliar o valor de um relógio Rolex e outras joias recebidas como presentes oficiais. Seu acordo de delação premiada foi negociado com a PF e homogolado pelo ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 9 de setembro. As informações são do g1.

Na delação, que não teve a íntegra disponibilizada pela Justiça, Cid aponta Bolsonaro como mandante dos crimes investigados na Operação “Lucas 12:2” — lavagem de dinheiro e peculato (desvio de bens públicos).

Em agosto desse ano, Bolsonaro havia dito, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que Cid tinha “autonomia” e que não teria mandado “ninguém vender nada”.

Conforme a delação de Cid relatada pelo g1, Bolsonaro expressava preocupações sobre os pagamentos decorrentes de uma condenação judicial em um processo movido pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Além disso, o ex-presidente manifestava queixas em relação aos custos associados à mudança, ao transporte do acervo de presentes recebidos e às multas de trânsito resultantes de não utilizar capacete durante motociatas.

Bolsonaro teria indagado Cid sobre os presentes de alto valor recebidos em virtude do cargo. O ex-ajudante relatou que os itens mais facilmente avaliáveis seriam os relógios. Diante disso, solicitou ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) uma lista dos relógios recebidos pelo presidente.

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Bitencourt chegou acompanhado de sua esposa

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

Dessa maneira, Cid comunicou a Bolsonaro que o relógio com mais chance de ser rapidamente comercializado era um Rolex de ouro branco, presente da Arábia Saudita em 2019.

Mauro Cid declarou ter recebido uma “determinação do presidente” para avaliar o valor do Rolex e recebeu autorização para vender tanto o relógio quanto as demais joias do conjunto de ouro branco.

Outro lado

A defesa de Bolsonaro não respondeu a questionamentos sobre as novas denúncias com base na delação de Cid, mas um de seus advogados, Fabio Wajngarten, comentou o assunto nas redes sociais dizendo que a chance de Cid ter recebido uma demanda de Bolsonaro para avaliar um relógio Rolex nos EUA “é tão real quanto o presidente [refere-se ao ex-presidente] produzir o remake de Roque Santeiro e exibi-lo na TV Globo”.

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