A defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson pediu, nesta quinta-feira (22/6), à Justiça a revogação da prisão ou pelo menos a mudança de prisão preventiva para domiciliar. O documento também pede que o caso seja analisado pela Justiça Federal do DF, e não mais pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O argumento para a transferência é de que o sistema prisional do estado do Rio de Janeiro não tem estrutura necessária para “oferecer atendimento médico adequado” a Jefferson.
Ele está preso em Bangu 8, na Zona Oeste do Rio, desde 23 de outubro do ano passado, quando atirou e jogou granadas contra agentes da Polícia Federal. O ex-parlamentar ficou internado no início do mês por suspeita de traumatismo craniano após cair na cela.
A defesa de Jefferson alega que o cliente emagreceu 17 kg em sete meses e tem escutado vozes. No pedido desta quinta-feira (22/6), a defesa afirma que Jefferson “necessita de tratamento intensivo clínico, psiquiátrico (com vigilância rigorosa), neurológico, nutricional e fisioterápico”.
O documento promete que Roberto Jefferson entregará todas “as armas de fogo registradas em nome do ora Peticionário para encaminhamento ao Comando do Exército para doação”.
Prisão de Roberto Jefferson
O ex-deputado federal Roberto Jefferson está preso desde outubro do ano passado, quando o político atirou cerca de 50 vezes contra quatro policiais federais que foram até a sua residência para cumprir um mandado de prisão expedido por Alexandre de Moraes.
Na ocasião, foram apreendidas armas de fogo e mais de 8 mil munições na casa do político. Jefferson é acusado de posse ilegal de armas e munições, posse de três granadas adulteradas, resistência qualificada e tentativa de homicídio contra os agentes federais.
