Após uma semana despachando no Palácio da Alvorada enquanto se recuperava de uma pneumonia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira (3/4). Nesse retorno, a primeira agenda do chefe do Executivo federal foi uma reunião com 20 dos seus 37 ministros. Participaram os titulares da equipe econômica e das áreas política e institucional.
Na ocasião, o petista prometeu realizar, na próxima semana, um balanço sobre os 100 dias de governo.
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“O objetivo dessa reunião é fazer um levantamento de como está cada ministério neste momento, como está preparando suas atividades, porque na segunda, dia 10 [de abril], vamos ter a reunião dos 100 dias de governo, em que a gente vai não só fazer avaliação daquilo que conseguimos recuperar para colocar em funcionamento”, disse Lula, na abertura do encontro. “E nem tudo está 100% funcionando, porque quando você decide fazer uma política pública, às vezes ela demora alguns dias para acontecer, mas já recuperamos quase todas as políticas sociais que existiam neste país, que tinham sido desmontadas pelo governo anterior e agora elas estão funcionando a todo vapor”, completou o petista.
“E na próxima segunda-feira, ao fazer uma avaliação dos 100 dias, a gente vai ter que anunciar o que vamos fazer para frente, porque os 100 dias vão fazer parte do passado”, alertou Lula a seus ministro. “A gente vai ter que discutir, do ponto de vista da área industrial, da área agrícola, da ciência e tecnologia, o que a gente vai fazer. Tem muita coisa para a gente investir, sobretudo em obras de infraestrutura. Tem recurso para que a gente faça os investimentos necessários”, continuou o presidente.
Na mesma reunião, o presidente se mostrou contrariado com as previsões de um crescimento baixo do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 e otimista com a tramitação do novo arcabouço fiscal, proposto pela equipe econômica na semana passada.
“Se você olha para a cara do ministro Haddad [da Fazenda] depois do marco regulatório que ele fez, a cara dele de felicidade, significa que vai passar”, discursou Lula, em trecho da reunião ministerial que foi transmitido pela comunicação do governo. “Nós estamos aqui acreditando que vai passar a nossa tão sonhada nova política tributária nesse país”, completou o presidente.
Afastamento
O presidente Lula foi diagnosticado com pneumonia na noite de 23 de março. O mandatário, que inicialmente adiou por um dia a viagem oficial que faria à China, precisou suspender os planos quando o quadro se agravou. A visita ao país asiático agora está remarcada para o dia 13 de abril.
No Planalto, Lula se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e com os titulares das seguintes pastas:
- Agricultura e Pecuária: Carlos Fávaro;
- Ciência, Tecnologia e Inovação: Luciana Santos;
- Meio Ambiente: Marina Silva;
- Casa Civil: Rui Costa;
- Fazenda: Fernando Haddad;
- Planejamento e Orçamento: Simone Tebet;
- Gestão e Inovação: Esther Dweck;
- Turismo: Daniela Carneiro;
- Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira;
- Pesca: André de Paula;
- Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino;
- Defesa: José Múcio;
- Relações Exteriores: Mauro Vieira;
- Secretaria-Geral: Márcio Macêdo;
- Relações Institucionais: Alexandre Padilha;
- Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta;
- Advocacia-Geral da União: Jorge Messias;
- Controladoria-Geral da União: Vinícius Carvalho; e
- Gabinete de Segurança Institucional: general Gonçalves Dias.
Às 16h desta segunda, a agenda de Lula prevê audiência com o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares.
