Crise na Guiana: Brasil reforça a fronteira com a Venezuela

No total, o Ministério da Defesa brasileiro enviou 130 homens e 20 veículos blindados à fronteira com a Venezuela

atualizado 04/12/2023 22:14

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Arte colorida sobre Mapa da disputa entre Venezuela e Guiana - Metrópoles Editoria de Arte/Metrópoles

Após a Venezuela realizar um plebiscito em que a maioria aprovou a anexação da Guiana Essequiba, o Ministério da Defesa brasileiro confirmou o deslocamento de 130 homens e 20 veículos blindados para o reforço da fronteira, nesta segunda-feira (4/12). As informações são do portal g1.

Os militares brasileiros estão reforçando a presença na região nas últimas semanas, desde o aumento do tom do venezuelano Nicolas Maduro em relação ao país vizinho.

O local é disputado há décadas pelos dois países, tem 160 mil km² e concentra reservas de petróleo. Estima-se que exista um potencial para 11 bilhões de barris do combustível fóssil, além de gás natural. Além disso, pode gerar 1,2 milhão de barris por dia até 2027.

Mais cedo, o vice-presidente guianês, Bharrat Jagdeo, afirmou estar empenhado em reforçar a “cooperação de defesa”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre a disputa territorial entre Venezuela e o outro país latino no domingo (3/12). Na ocasião, ele frisou que permanecia em contato com ambos os líderes da disputa, e que “se tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora, é de confusão”.

O Metrópoles tenta contato com o ministério e ministro da Defesa, José Múcio, para confirmar a informação do reforço miliar brasileiro.

Disputa territorial

A Venezuela pretende anexar a região de Essequibo, território da ex-colônia inglesa, ao seu domínio. No X (antigo Twitter), o líder venezuelano defendeu a incorporação do território. “Não deixaremos que ninguém nos tire o que nos pertence, nem trairemos os nossos princípios. Defenderemos Essequibo!”, escreveu.

A disputa tem origem no século 19. À época, a Guiana era colônia uma britânica. O território ficou delimitado ao leste do Rio Essequibo, mas expandiu para a porção oeste da área, já parte Capitania Geral da Venezuela (antigo nome).

Isso ocorreu devido à descoberta de uma série de reservas de ouro na fronteira, denominada Linha Schomburgk — em homenagem ao explorador e naturalista Robert Hermann Schomburgk, o qual estava no local a serviço da Coroa britânica.

Em 1899, a Corte Internacional de Paris emitiu uma sentença arbitral, que retirou a Essequibo da Venezuela. O país argumentou contra a decisão, por entendê-la como parcial e imprecisa. O governo venezuelano sustenta-se, hoje, no Acordo de Genebra de 1966 (realizado com o Reino Unido), o qual reconhece a reivindicação venezuelana.

Ministério da Defesa reforçou a presença militar na fronteira norte do Brasil, ainda em novembro. O aumento de efetivo veio após pedido do senador Hiran Gonçalves (PP-PR), que solicitou auxílio para a região de Pacaraima (RO), cidade fronteiriça à Venezuela.

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