Crise dos Yanomamis: Ministério da Saúde faz primeira reunião do COE

Ministério da Saúde realizou a primeira reunião do Centro de Operação de Emergências em Saúde Pública para situação dos Yanomamis

atualizado 26/01/2023 21:21

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Voluntários da Associação Urihi Yanomami resgata criança indígena yanomani em maca vítima de desnetruição no norte do país. Ao fundo, é possível ver avião sobrevoando terreno. Crise dos Yanonamis - Metrópoles Associação Urihi Yanomami

O Ministério da Saúde realizou a primeira reunião do Centro de Operação de Emergências em Saúde Pública (COE – Yanomamis) nesta quinta-feira (26/1). Trata-se de uma iniciativa para acompanhar e reforçar as ações do Governo Federal sobre a tragédia humanitária na Terra Indígena, que sofreu com o avanço do garimpo ilegal, com severos impactos sanitários e nutricionais à população.

De acordo com o Ministério da Saúde, as áreas técnicas da pasta irão elaborar planos de ação a serem executados no âmbito do COE. Serão propostas estratégias para diferentes frentes, desde o tratamento de doenças, suporte laboratorial para diagnóstico e logística de insumos, ações de imunização e planos de nutrição e alimentação para os indígenas Yanomamis. “Além disso, hospitais de campanha e demais ações de assistência estão sendo planejadas para garantir rápida resposta ao grave estado de saúde encontrado na população desse território indígena”, diz a pasta, em nota.

“Estamos preparados para dar início a um trabalho de planejamento e execução dando condições de saúde para essa população que foi negligenciada e desassistida”, afirmou Márcio Garcia, durante a reunião de abertura. Ele é diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e foi o responsável por apresentar a equipe e explicar o papel de integrante na operacionalização das ações no território Yanomami.

Missão

Sob coordenação da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), o Centro de Operações visa planejar, organizar e controlar medidas durante o período de emergência, decretado pelo Ministério da Saúde no último sábado (21/1). O COE vai atuar diariamente, em uma ação coordenada, tanto na área de vigilância, assistência à saúde, como na avaliação do impacto socioambiental da ação de garimpeiros na região Yanomami, território indígena com mais de 30 mil habitantes. A previsão inicial é que funcione por um prazo de 15 dias, que será ampliado de acordo com a necessidade.

Enquanto isso, conforme Metrópoles mostrou, o Ministério dos Povos Indígenas quer expulsar invasores de outras sete Terras Indígenas. Levantamento mostra que outros povos passam por situação semelhante a dos Yanomami, a exemplo dos Kayapós e Mundurukus.

Militares do exército descarregam de avião mantimentos e alimentos para indígenas Yanomami no norte do país, local com forte incidência de desnutrição - Metrópoles
Alimentos foram transportados para terra indígena Yanomami

“Encontramos um cenário de guerra, um campo de concentração escondido debaixo do tapete. (…) Tivemos clareza que medidas urgentes precisam ser tomadas e estamos assumindo a tarefa de solucionar este problema”, disse o secretário Especial de Saúde Indígena, Weber Tapeba, em nota publicada pelo Ministério da Saúde. Ele lidera o COE Yanomami e visitou as terras afetadas.

“Estamos assumindo a tarefa de mitigar e solucionar o problema com um planejamento de curto e longo prazo. A resposta do governo brasileiro é salvar vidas na ponta. É salvar a vida dos nossos povos indígenas”, completou o secretário.

Como forma de dar efetividade às estratégias traçadas pelo centro, um COE também será montado também na região. A proposta é garantir o alinhamento das medidas de urgência para contenção do impacto da emergência, em paralelo com as ações da Sala de Situação e também junto com o comitê de coordenação nacional, coordenado pela Casa Civil.

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