CPI das Apostas: jogador cita envolvimento de atletas de Cruzeiro, Atlético, Santos e Avaí

Jogador do Vila Nova fala à CPI. Ele é investigado por trocar mensagens com aliciadores de atletas para fraudes em partidas de futebol

atualizado 20/06/2023 16:37

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Marcos Vinícius Alves Barreira, ex-jogador do Vila Nova, de Goiás, afirmou, nesta terça-feira (20/6), que atletas de times como Cruzeiro, Santos, Atlético Mineiro e Avaí estariam envolvidos em esquema de manipulação de partidas.

A declaração foi dada em audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura fraudes no resultado de jogos de futebol na Câmara dos Deputados.

Marcos Barreira, conhecido como Romário, foi banido do futebol pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ser citado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) na Operação Penalidade Máxima, que apura as fraudes.

Aos deputados Romário disse que não recebeu dinheiro de aliciadores para fraudar o resultado de jogos. No entanto, compartilhou o contato de outro atleta do Vila Nova, Gabriel Domingues, com um dos aliciadores.

“Fizeram a proposta para mim, e eu neguei. Meu erro foi ter passado o número do Gabriel Domingues para eles”, disse. Depois, Romário foi questionado se os aliciadores citaram participação de atletas de outros times no esquema.

“De Goiás, não. Mas de outros estados, sim. [De] jogadores não chegaram a falar nomes, mas falaram dos clubes. Cruzeiro, Avaí, Santos e, na época, Atlético Mineiro. Eles chegaram a falar e me mandar vídeo dos caras fazendo para eles”, contou.

Cobranças e ameaças

Segundo Romário, o jogador Gabriel Domingues não conseguiu fraudar a partida acordada com o aliciador porque não foi escalado para o time titular na partida em questão. Depois, o aliciador, identificado como Brauno, teria ameaçado Romário.

“Ele veio me cobrar os R$ 500 mil da aposta. Falei que não teria como pagar algo que não fiz e, aí, começaram as ameaças dele. Tem prints, vídeos dele ameaçando, ameaçando minha família”, pontuou.

Romário acrescentou que chegou a comunicar o caso ao presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, mas não teria sido orientado a abrir ocorrência policial para denunciar a situação. “Cheguei a falar com o Hugo. À época, não [orientou a fazer denúncia]. Uma semana depois, ele rescindiu meu contrato”, detalhou.

Investigações

A CPI das Apostas Esportivas tem a presidência de Júlio Arcoverde (PP-PI) e relatoria de Felipe Carreras (PSB-PE). A discussão sobre o tema se intensificou após o MPGO denunciar 16 pessoas por fraudes nos resultados de 13 partidas de futebol.

De acordo com as investigações, jogadores ganhava, até R$ 100 mil para receber, propositalmente, cartões amarelos e vermelhos e, assim, beneficiar apostadores.

Os casos ocorreram em jogos de torneios de elite do futebol nacional, como as séries A e B do Campeonato Brasileiro, em 2022; e dos campeonatos Paulista e Gaúcho de 2023. Oito jogadores acabaram afastados de seus clubes por suspeita de participação no esquema com apostas.

O tema ganhou novos contornos após o Metrópoles revelar que a Máfia das Apostas atuou para manipular um jogo do Flamengo no Maracanã, no Rio de Janeiro, no ano passado.

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