Covid: Brasil começa a aplicar vacina bivalente. Veja quem pode tomar

O produto bivalente é mais eficaz para proteger contra a Ômicron original e a variante BA1. A depender da cidade, há diferença de cronograma

atualizado 27/02/2023 13:55

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Mulher com jaleco segurando seringa com vacina e idoso ao fundo em ambiente com árvores Hugo Barreto/Metrópoles

A vacina da Pfizer bivalente usada como reforço contra Covid-19 começa a ser aplicada no Brasil a partir desta segunda-feira (27/2). O imunizante é mais eficaz para proteger contra a Ômicron original e a variante BA1. No total, 25 das 27 capitais iniciaram a vacinação. Somente Belém, que argumenta falta do produto, e Cuiabá, que programou a imunização a partir de 1º de março, não começaram hoje.

O Ministério da Saúde distribuiu as doses para os estados que estabelecem os próprios cronogramas. Nesta primeira fase, porém, a vacina deve servir como reforço para pessoas com mais de 70 anos, imunocomprometidos e moradores de comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.

O Distrito Federal, por exemplo, vai seguir exatamente o esquema do Ministério da Saúde. São aproximadamente 190 mil pessoas na capital federal que se enquadram nesses grupos. Em São Paulo, os imunizantes serão aplicados em todas as 645 cidades, também conforme indicado pela pasta.

Na capital do Rio de Janeiro, entretanto, a primeira fase é destinada a idosos com 85 anos ou mais e pessoas imunocomprometidas acima de 60 anos. A faixa etária diminui durante a semana até o dia 4 de março, quando cidadãos com 70 anos ou mais e pessoas imunocomprometidas com 12 anos poderão ser vacinadas.

Em Salvador e Belo Horizonte, somente os que têm 80 anos ou mais, os imunocomprometidos, os quilombolas, as pessoas assistidas em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e os trabalhadores desses locais serão imunizados. Em Porto Alegre, a primeira fase da bivalente vai para pessoas com 90 anos ou mais. Depois, de forma escalonada, as outras faixas etárias serão liberadas.

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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis
Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países
Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus
Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela
Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países
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Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse

Viktor Forgacs/ Unsplash
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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis

Morsa Images/ Getty Images
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Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países

Peter Dazeley/ Getty Images
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Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus

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Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela

Aline Massuca/Metrópoles
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Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países

Morsa Images/ Getty Images
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A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção

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A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais

Fábio Vieira/Metrópoles
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador

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Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru

Josué Damacena/Fiocruz
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Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus

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As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor

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Identificada pela primeira vez na França, a Deltacron combina características das mutações Delta e Ômicron. Segundo a diretora da OMS, Maria Van Kerkhove, ainda não há evidências de que a nova variante seja mais grave do que a Delta ou a Ômicron separadamente. Com dois casos identificados no Brasil, no início de março de 2022, a cepa também já foi encontrada em países da Europa e nos Estados Unidos

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Decisão pela bivalente

O início da vacinação nacional com doses bivalentes foi anunciado pelo governo federal há um mês, em 26 de janeiro, na primeira reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O encontro contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade.

De acordo com o Ministério da Saúde, na segunda fase da campanha de vacinação, que ainda não tem data de início, o imunizante será aplicado em pessoas com idade entre 60 e 69 anos. Gestantes e puérperas serão o público-alvo da terceira fase de imunização, e profissionais de saúde serão vacinados na quarta fase.

Confira quem pode receber a vacina bivalente:

Fase 1

  • Pessoas acima de 70 anos de idade
  • Imunocomprometidos
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas
  • Pessoas em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e os trabalhadores dessas instituições

Fase 2

  • Pessoas com idade entre 60 anos e 69 anos de idade

Fase 3

  • Gestantes e puérperas

Fase 4

  • Profissionais de saúde

Para se vacinar, é necessário levar documento de identificação e, se possível, o cartão de vacina, no qual constem as doses recebidas contra Covid-19. As pessoas imunocomprometidas precisam levar laudo ou relatório médico comprobatório de uma das condições listadas abaixo.

Os imunocomprometidos

De acordo com o Plano de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 do Ministério da Saúde, entende-se por pessoas imunocomprometidas as que apresentam uma das seguintes condições:

* Pessoas com imunodeficiência primária grave (erros inatos da imunidade)
* Pacientes em quimioterapia para câncer
* Pacientes transplantados de órgãos sólidos ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras
* Pessoas vivendo com HIV/Aids
* Pacientes em uso de corticoides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, ≥14 dias
* Pacientes em uso de drogas modificadoras da resposta imune
* Pacientes com doenças autoinflamatórias, doenças intestinais inflamatórias
* Pacientes em hemodiálise
* Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas

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